quarta-feira, 23 de março de 2011

En els propers dies...

vaig a ser aquí.*

Na cidade de Gaudí e de Miró. Perto do Mediterrâneo. A descansar a cabeça e a esquecer as coisas que me chateiam por cá.
Volto em breve com novidades e muitas fotos.

*Tradução: nos próximos dias vou estar aqui. Acabei de descobrir que o Catalão é uma língua muito gira!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Post deprê

Lido aqui:

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Já perdi a conta de quantas vezes me queixei aqui do meu trabalho. De quantas vezes já disse que odiava cada momento que passo de volta das malditas contas, dos balancetes, das reconciliações bancárias. Também já perdi a conta das vezes que, sem sucesso, tentei "virar a mesa". Ou talvez não tenha tentado o suficiente. Talvez as minhas tentativas de mudar sejam na realidade um pouco frouxas, sem ânimo, sem garra.
Não sei.
Mais de metade dos meus colegas de turma da faculdade estão, tal como eu, a trabalhar noutras áreas que não a tradução. Sei de turmas inteiras em que ninguém conseguiu trabalhar na área. Com estes dados desisto e tento convencer-me que terei que viver para sempre na frustração de um trabalho que não me preenche e ainda por cima me faz infeliz. Com o país mergulhado numa crise como há muito não se via, fica mais difícil para quem tem pouca coragem como eu, largar tudo e correr à procura do sonho.
Às vezes sinto-me mesmo a morrer lentamente. Esta semana tem sido especialmente dura. A minha inata incapacidade para os números está à flor da pele, logo quando tinha que estar bem enterrada e mascarada de uma vontade de ferro de conseguir vencê-los, os malditos números.
A única coisa que me anima são umas mini-férias no horizonte com uma escapadinha ao país vizinho. Até lá tenho que me ir aguentando.

Cais do Sodré - Tejo e margem sul
 Onde passo muitos finais de tarde. O meu Tejo, o meu grande lago, o rio que me acalma e me dá energia.

A Primavera na minha varanda
Eu amo todas as flores brancas. Transmitem-me paz e tranquilidade. Quando de manhã vou espreitar à varanda, estes malmequeres animam-me, principalmente se estiverem banhados pela luz do sol. Alimento-me de sol, de água (mar, rio) e de flores. E assim vou tentando não morrer lentamente.

sábado, 12 de março de 2011

Lições do passado e do presente

Igreja de S. Domingos

Se há aspectos da nossa história dos quais nos podemos envergonhar como povo, são sem dúvida o nosso papel no comércio de escravos e a Inquisição. Todos os povos têm os seus esqueletos no armário, sobretudo aqueles com uma história que já vai tão longa como a nossa, e é raro o país que não tem contas a acertar com o passado. Não fomos certamente o único povo a participar no comércio de escravos, nem a ter um Tribunal da Inquisição.


Mas acho que uma coisa que pode e deve ser feita é pedir perdão e lembrar os acontecimentos para que jamais sejam esquecidos. Claro que o que está feito, está feito, ainda para mais quando foi feito há quinhentos anos atrás, mas o acto de pedir perdão traz consigo paz, conciliação e amizade entre os povos e isso nunca é demais. A história não muda por se pedir perdão pelos actos realizados, mas lembrar e reconhecer o erro é uma homenagem aos povos atingidos.


É por isso que sempre que passo no largo de S. Domingos descanso os olhos nos monumentos que assinalam a perseguição e morte de judeus que decorreu em Lisboa no século XVI a mando do Tribunal da Inquisição. É bom nunca esquecer.


Uma das ironias com qua a história nos brinda é que hoje este largo, antes palco de intolerância levada ao extremo, é o local escolhido para a comunidade africana de Lisboa se reunir e se encontrar. Hoje o largo de S. Domingos, com os seus pedidos de perdão e os seus cidadãos africanos é a prova de que o Lisboa é uma cidade tolerante, aberta à diversidade e que ultrapassou os traumas causados pelos erros do passado.


E porque não também um monumento às centenas de escravos roubados a África? Acho que seria mais um passo importante neste acertar de contas com a história que todos os povos devem fazer. E a grande comunidade africana e/ou de origem africana lisboeta já merecia.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Millennium


Amei, amei, amei. Vou já ali a correr comprar o segundo volume e já volto.