quarta-feira, 29 de junho de 2011

I love Cam

A série Uma Família Muito Moderna (Modern Family) é uma das que mais gosto de ver actualmente. Rir faz tão bem à alma e estes personagens maravilhosos fazem-me rir à gargalhada. Cam, é sem dúvida um dos meus preferidos. Aqui  a expressar o seu imenso amor por Meryl Streep :) :) :)

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Vamos ao cinema?


Cinema Paraíso, Giuseppe Tornatore

Depois dos livros, os filmes. Quando participámos no questionário sobre livros, a Moira sugeriu que poderíamos fazer uma coisa parecida com cinema. Achei a ideia interessante e comecei a pensar num questionário sobre os filmes que nos marcaram.
Quem quiser levar, esteja à vontade. E mesmo se quiserem fazer alguma alteração ou acrescentar alguma pergunta que achem pertinente, façam o favor :)


1. Existe um filme que nunca te canses de ver?

Nunca me canso de ver África Minha (Out of Africa), de Sydney Pollack, com os maravilhosos Meryl Streep e Robert Redford (lindo de morrer neste filme).

2. Algum filme te fez abandonar a sala de cinema a meio da sessão?

Sim. Fui ver Veludo Azul (Blue Velvet) de David Lynch com a minha irmã e lembro-me que saímos a meio do filme. Eu era muito novinha e acho que a minha irmã achou que era demais para mim, rsrs

3. Se escolhesses um filme para ser o filme da tua vida, qual seria ele?

É difícil escolher, mas talvez O Piano, de Jane Campion.

4. O que achas do cinema nacional?

Apesar de admirar imenso Manoel de Oliveira, um homem com uma carreira magnífica, premiada e longa (o senhor tem 102 anos e ainda filma), não consigo gostar dos filmes dele. Vi apenas dois, mas apesar de terem uma estética interessante são na minha opinião muito lentos e essa quase ausência de acção não me entusiasmou a ver mais nenhum.
Confesso que o cinema português não me faz muito ir ao cinema, por isso talvez tenha perdido obras bastante interessantes, como me disseram ser O Filme do Desassossego, de João Botelho. Vou tentar mudar a minha atitude.

Cinema Paraíso, Giuseppe Tornatore
 5. Qual a cena mais bela e inesquecível que alguma vez viste num filme?

Em Cinema Paraíso, a sequência das cenas censuradas no passado e, como não podia deixar de ser, a cena do passeio de avião em África Minha.

6. Qual o ator ou atriz que te faz ir ao cinema?

Não perco um filme com Meryl Streep. Adoro-a. Mas há imensos atores que me levam ao cinema como Paul Giamatti, Ralph Fiennes, etc.

7. Tens algum autor/realizador preferido?

Gosto muito da humanidade de Clint Eastwood, do sentido de humor e da visão do mundo de Woody Allen, da sensibilidade de Jane Campion e tantos outros.

Cinema Paraíso, Giuseppe Tornatore
 8. Indica alguns dos teus filmes preferidos.

Um dos meus filmes preferidos de sempre é Uma História Simples (The Straight Story) de David Lynch, quando ele deixou de lado aquele seu surrealismo tão característico e se centrou no essencial. Lindo, lindo de morrer. Na minha lista também cabem O Piano, de Jane Campion e As Pontes de Madison County, de Clint Eastwood e Cinema Paraíso de Giuseppe Tornatore.

9. Qual o último filme que viste?

No cinema A Minha Versão do Amor (Barney's Version). Em casa um filme de 1983, Os Amigos de Alex (The Big Chill). Adorei ver o Kevin Klein tão novinho.

domingo, 19 de junho de 2011

O Navio




O Navio vem chegando ao cais
E com ele chega-me a saudade
Das terras quentes que percorri em sonhos,
Do mar morno em que tantas vezes me banhei

O Navio está cada vez mais próximo,
Mas a minha alma voa agora para longe,
Para destinos perdidos, que sinto como meus.
Terão sido meus um dia?

Viajo neles como em mim.
Só lá me encontro,
Só lá conheço o calor de ser eu.
Sei que estive lá um dia,
Sei que pisei aquele chão.

De novo voltarei a descer em ti
Terra de festa e de alma quente
Que canta o canto da vida.
Talvez, quem sabe, levada por um navio.

Escrevi este "poema" com a idade de 21 anos.  É engraçado voltar a ele e ver a menina de 21 anos que fui. Enquanto crescia e até aos vinte e poucos anos costumava dizer que não devia ter nascido na Europa, mas sim em África ou no Brasil. O fascínio que sentia por essas terras era enorme e isso está bem refletido no texto. Existia em mim uma forte certeza de que só lá conseguiria ser feliz e completa.
Nestas linhas estão presentes também aquelas características da minha personalidade que acabariam por me fazer mais mal do que bem, o sonho, a vontade de evasão, o "só estou bem onde não estou", que levaram a muitos e muito anos de insatisfação. O que eu queria na verdade era fugir de mim e não sabia.

Agora acho que o lugar onde se nasce não tem na verdade muita importância e que ser feliz e completo está mais dentro da nossa cabeça do que em tudo o resto que gira à nossa volta, sejam lugares, bens ou carreiras. O fascínio por estas terras não desapareceu, apenas se transformou numa simples vontade de visitar lugares maravilhosos. Agora não espero que nenhum lugar do mundo me mude, me traga felicidade ou a sensação de ser completa. Isso terei que ser eu a encontrar dentro de mim e em mais nenhum lugar do mundo.
E o melhor de tudo é que vejo, que 15 anos depois, finalmente estou a conseguir encontrar.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Livros, livros e mais livros

Henry Lamb, 1933

A querida Cenourita desafiou-me para responder a um questionário sobre leituras e eu como adoro livros não me fiz rogada.

1. Existe um livro que leias e releias várias vezes?

Na verdade dois, bastante diferentes um do outro. O Monte dos Vendavais, a  história de um amor maior do que a vida, escrita com as entranhas por Emily Brontë e Orgulho e Preconceito, de Jane Austen, uma história que nos mostra como as primeiras impressões podem ser enganadoras, escrita com uma mestria maravilhosa para retratar uma época, uma sociedade, um país e as suas fortes clivagens sociais.
Já li ambos 4 vezes e de vez em quando lembro-me de uma parte ou outra e vou relê-la.

2. Existe algum livro que começaste a ler, paraste, recomeçaste, tentaste e tentaste e nunca conseguiste ler até ao fim?

Os de António Lobo Antunes, simplesmente não consigo passar da segunda página. Nada contra o autor, o problema é mesmo meu.

3. Se escolhesses um livro para o resto da tua vida, qual seria ele?

Impossível escolher apenas um.

4. Que livro gostarias de ter lido mas que por algum motivo nunca leste?

Quero muito ler O Amor em Tempos de Cólera de Gabriel Garcia Marquez. Talvez seja o próximo. Mas tenho que confessar que agora estou numa fase de "Scandicrime", ou seja policiais escandinavos. É o  meu novo vício e talvez intercale um scandicrime entre os dois Nobel :)

5. Que livro cuja "cena final" jamais conseguiste esquecer?


Gostei muito do final de Cem Anos de Solidão de Gabriel Garcia Marquez, é inesquecível.

6. Tinhas o hábito de ler quando eras criança? Se lias, qual o tipo de leitura?

Sempre gostei muito de ler e felizmente tinha muitos livros em casa. Quando era mais pequenina não largava a Gata Borralheira, adorava contos de fadas e princesas e claro os livros da Anita. Mais tarde devorava todos os livros da minha irmã da coleção Os Cinco, de Enid Blyton e a minha prima Fernanda fez-me a coleção toda de Uma Aventura de Ana Luísa Guimarães e Isabel Alçada, que eu adorava.

7. Qual o livro que achaste chato mas ainda assim leste até ao fim? Porquê?

Sinceramente não me obrigo a ler livros que não gosto. Acho que a leitura deve ser um prazer e não um frete. Quando não gosto ou não consigo ler ponho de parte.
Felizmente sempre gostei dos livros de leitura obrigatória na escola e na faculdade por isso não me posso queixar.

8. Indica alguns dos teus livros preferidos.

O Deus das Pequenas Coisas de Arundhati Roy, Do Amor e de Outros Demónios de Gabriel Garcia Marquez, O Tempo e o Vento - O Continente de Erico Verríssimo, Os Maias de Eça de Queiroz, A Letra Escarlate de Nathaniel Hawthorne, para dizer apenas alguns.

9. Que livro estás a ler neste momento?

 Travessuras da Menina Má, de Mario Vargas Llosa.


Sintam-se todos desafiados para falar um pouco sobre os livros da vossa vida.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

A minha versão


Adoro Paul Giamatti. Gosto da imagem dele tão diferente das típicas estrelas de cinema. Gosto da forma maravilhosa como dá vida a personagens "normais" e precisamente por isso, riquíssimos. Ele nunca é o galã, ele nunca é o herói, ele nunca é o príncipe que a menina sonhadora acha que encontrou, ele é sempre o homem comum, muitas vezes o looser, ou o tipo azarado que não tem sorte na vida nem no amor.


Em Barney's Version é também um tipo comum, com defeitos e qualidades. Não é certamente o príncipe encantado, mas também não é o sapo. Pura e simplesmente não é perfeito, mas quem é? Comete um erro e paga por isso, como tem de ser. Quantos safados cometem mil erros e nunca pagam por isso? Esses, os que se safam sempre, por mais porcarias que façam, os espertos desta vida, esses é que são os verdadeiros sapos.


O título em português não poderia deixar de ter a palavra amor, claro, assim ganhou o nome de A Minha Versão do Amor. É impressionante a quantidade de vezes que a versão portuguesa acrescenta a palavra amor a um título original. Só posso deduzir que o amor vende muito em Portugal.
Mas o filme não é só sobre o amor, isso seria muito redutor, o filme é também sobre escolhas, erros, tropeções da vida, acidentes de percurso, a doença e a importância das ligações familiares e sociais.
Em suma, gostei de rever o meu amigo Paul, num dos seus papéis de gente comum, os melhores e os mais interessantes, na minha humilde opinião.