domingo, 23 de outubro de 2011

We'll always have Paris


Viajar até Paris pelas mãos de Woody Allen é quase tão bom como estar lá. Ele mostra-nos, aquilo que nós já sabemos, que Paris é sempre maravilhosa, com sol ou com chuva, no presente ou no passado. E mostra-o de uma forma surpreendente, bonita e elegante, como sempre.
Meia-Noite em Paris é um filme inspirador. Os actores são excelentes, os diálogos inteligentes e bem-humorados e a história é  simplesmente genial.


Viajar até épocas que consideramos fascinantes é o sonho de muita gente. Um sonho que Woody Allen nos permite viver através do seu personagem principal. Não consigo deixar de simpatizar com Owen Wilson neste papel, é certo que ele apanhou alguns tiques de Woody Allen, mas isso não me chocou, parece que Allen se fez retratar a si próprio junto dos seus heróis e assim vemos não Owen Wilson, mas sim Woody Allen junto de Hemingway, de F.S. Fitzerald, Cole Porter, Picasso e muitos outros.

 
O ponto fulcral do filme é mesmo a velha questão de acharmos que a vida era melhor noutros tempos. Pessoas como eu, nostálgicas por natureza, tendem a olhar o passado com romantismo. E até a pensar como teria sido melhor viver noutras épocas. O filme desmistifica esta ideia de forma divertida e inteligente.

É claro que o presente é tudo o que temos e devemos fazer com que ele seja o melhor possível. A nossa época será talvez muito fascinante para pessoas que vivam daqui a 100 anos. Quem sabe? E nós estamos cá, por isso aproveitemos.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

E pronto, tenho que falar da crise


Sim, estamos falidos. Precisámos de pedir dinheiro ao exterior e agora temos de pagar. Até aí tudo bem.
Mas como é que vamos pagar? Ou melhor, quem vai pagar? Os mesmos de sempre. A "raia miúda", o povo e a classe média, que de média qualquer dia já não tem nada. Tiram-nos os subsídios, cortam-nos os ordenados, sobem os impostos, sobem os preços de bens essenciais como a electricidade e os transportes.
E depois pedem-nos para poupar, para ter poupanças nos bancos e também para ter muitos filhos porque o país precisa de gente. Mas será que estão a querer fazer de nós completos idiotas?


As reformas estruturais que deviam ser feitas no Estado, essas ninguém as quer fazer. Claro. Essas reformas podem incomodar uns quantos poderosos e isso seria uma grande chatice. Podem acabar com o tacho de alguns amigos que financiam as campanhas dos partidos e isso seria um grande aborrecimento.
Quem vai ter coragem para acabar com as muitas fundações que sugam milhões ao estado e não dão nada de volta ao país? Quem vai ter coragem de cortar também nas pensões vitalícias de antigos titulares de cargos públicos? Quem vai ter coragem de pôr toda a gente a pagar IRS, principalmente aqueles que ganham milhões e declaram o mínimo possível?

Perguntas que têm ficado e ficarão sempre sem resposta. Porque a nossa democracia está podre.
Neste momento desejava que os portugueses se unissem e exigissem que todos, mas todos mesmo, os responsáveis por colocar o país nesta situação fossem levados a tribunal, tal como foi o antigo primeiro-ministro da Islândia, essa sim uma democracia saudável e de fazer inveja ao nosso país em colapso.

Não tenho nenhuma esperança neste país neste momento, nenhuma.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A série do momento

 Downton Abbey. Que grande série. Que grandes actores. Que diálogos fabulosos. Muito bom.

The Help: o batalhão de criados de Downton Abbey (entre eles o excelente actor Jim Carter)


Maggie Smith, é preciso dizer alguma coisa?


Michelle Dockery


terça-feira, 4 de outubro de 2011

Há dias felizes

Big mamma já está em casa e agora vai ser muito, muito, muito, muito mimada por todos nós.