segunda-feira, 29 de junho de 2009

Assuntos variados

1 - Está tudo transtornadissímo com este tempo que nos veio arrefecer e molhar o verão! Hoje cheguei ao trabalho e ao meu bom dia respondiam com um rabugento: "Achas que isto é um bom dia?!" Ó senhores é só uma chuvinha e já passa na quarta feira, eu até gosto destes dias mais fresquinhos para refrescar! Nós aqui estamos é muito mal habituados. Se tivessemos o clima inglês já não nos queixávamos tanto... Porque é que tem que ser um mau dia só porque está a chover?

2 - Ando frustradíssima porque queria pôr música portuguesa na minha playlist e simplesmente não existe praticamente nada no site da playlist em português de Portugal. Só algumas canções da Amália, (e não as melhores), e da Mariza, mais nada. Eu quero música portuguesa na minha playlist, algumas sugestões?


3 - Este sábado vi finalmente um filme que há muito queria ver: Revolutionary Road de Sam Mendes, com Kate Winslet e Leonardo DiCaprio. Um filme muito bom, muito intenso, com grandes desempenhos. A frase que marca o filme é "the hopeless emptiness of life" e é um sentimento presente em todo o filme. É deste vazio irremediável e desesperante que o casal do filme queria escapar, mas não é capaz. Um filme que me deixou com uma dor de cabeça tão grande que só passou ao outro dia depois de um almoço com um sueco!

4 - Se eu não soubesse que existe aqui nas minhas bandas uma grande comunidade brasileira, tinha descoberto ontem quando o Brasil marcou o terceiro golo aos EUA. O Brasil gritou um "goooooooooool" de felicidade em Lisboa. Liguei a tv e lá estava o terceiro golo do Brasil. Esta selecção canarinha ganha tudo!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

E o Porto aqui tão perto...

Barco Rabelo - Rio Douro

Já há algum tempo que eu e a minha irmã andavamos a combinar um encontro de blogueiras, para revermos a nossa querida Cenourita e para finalmente conhecermos a Ameixinha e a Noémia. Então aproveitámos a oportunidade da Cenourita precisar de ir ao Porto, e lá fomos nós a caminho do Porto para nos encontrarmos com as blogueiras do Norte. Saímos de Lisboa, parámos na Tasca de Cenourita, em Leiria, e rumámos ao Norte que já se fazia tarde e as nossas meninas do Porto têm a mania que têm costela britânica, hihihi. O encontro foi maravilhoso, lá estavam elas à nossa espera no local combinado, a Ameixinha, a Noémia e também a Conceição que eu não conhecia virtualmente mas que fiquei a conhecer pessoalmente! Parecia que nos conhecíamos há muito tempo, a conversa fluiu com tanta naturalidade, foi muito giro. Como estávamos na hora do almoço, resolvemos comer por ali mesmo uma bela francesinha, como não podia deixar de ser. Eu nunca tinha comido esta especialidade culinária da cidade do Porto e gostei muito. Aquilo é de alimento! Que aspecto, hã?


Depois de um almoço regado com muita conversa animada e muitas gargalhadas, a Cenourita seguiu para o seu compromisso, a Conceição teve que voltar ao trabalho e a Noémia levou-nos a fazer uma deliciosa visita guiada pela sua mágica cidade do Porto.





Juntamo-nos de novo à Cenourita e mais uma visita guiada com direito a um relincho monumental num túnel que eu já não me lembro do nome!!! Estas miúdas são únicas!




Resumindo e concluindo, foi um dia muito bem passado, um dia feliz, um dia em que provámos que as afinidades conquistadas virtualmente através dos nossos blogs, se mantêm na "vida real", ao vivo e a cores. Queridas amigas, espero sinceramente que nos voltemos a encontrar todas. Enquanto isso não acontece vamos blogando, mas agora com pessoas de carne e osso!



Olhem os presentinhos mais lindos que eu recebi destas amigas fofas! Feitos por mãos muito habilidosas, umas para os doces outra para os trapinhos!
Obrigada lindas.

terça-feira, 16 de junho de 2009

A Saúde no Séc. XIX

Estou atarefadíssima a terminar uma tradução com um deadline muito apertado - a próxima sexta-feira. Por isso não tenho postado, nem visitado os vossos blogues como queria, mas o dever fala mais alto!

Este último texto que estou a traduzir é bastante interessante, mostrando uma perspectiva histórica da saúde e como esta era vista ao longo dos tempos. Fiquem com este bocadinho:

"Para explicar porque a cólera tinha atacado os pobres, os médicos do início do século XIX afirmavam que a cólera podia apenas atacar indivíduos que tinham enfraquecido os seus corpos vivendo uma vida imprópria (Rosenberg, 1987). De acordo com esta teoria, os pobres causavam as suas próprias doenças, primeiro porque não tinham a iniciativa necessária para escapar à pobreza e depois por escolherem comer uma dieta pouco saudável, viver sem condições de higiene ou beber demasiado álcool. Assim, por exemplo, o Conselho Médico da Cidade de Nova Iorque concluíu em 1832 que “a doença na cidade está confinada aos imprudentes, aos intemperados e aos que se prejudicam a si próprios tomando medicamentos impróprios” (Risse, 1988).

Interessante, não acham? Bem, interessante ou não, tenho que voltar para ele.

Bye, bye e fiquem bem.
Adenda:

Enquanto trabalho tenho sempre ao pé de mim, isto:
E mais isto:
O chocolate faz activar o cérebro!!! Será desta que eu engordo uns quilinhos?

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Clima

O nosso clima está a virar tropical! Um calor imenso e uma chuva doida, o que é isto? Eu até acho graça, mas que não é normal aqui por estes lados não é! Definitivamente acho que o Al Gore tem razão: o clima enlouqueceu. Está a cair um "toró" em Lisboa verdadeiramente tropical e a temperatura continua nos 32 graus.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

É só para lembrar que hoje...

...é Dia de Portugal...



...de Camões...


... e das Comunidades Portuguesas.

Pois é, hoje é o nosso dia nacional e não quis deixar esta data em branco.

Dei largas à minha veia de historiadora e de politóloga e deu nisto:

Em 1128, D. Afonso Henriques assume o comando do Condado Portucalense. Mas só em 1179, o Papa Alexandre III aceitou D. Afonso Henriques como rei e o território do anterior Condado Portucalense como Reino de Portugal. Portugal é assim o país mais antigo da Europa, com isto queremos dizer que é o único país da Europa que estabeleceu as suas fronteiras definitivas em 1267 e que manteve essas fronteiras até hoje (pronto Olivença, não conta!). Feito único nesta Europa que ainda recentemente criou novas fronteiras.

Temos portanto uma história muito antiga como país. Fizemos coisas das quais nos envergonhamos, fizemos coisas das quais nos orgulhamos. E hoje parece-me que a auto-estima da nação está muito em baixo. Só quando olhamos para o passado sentimos orgulho do nosso país. Todos nos dizem que temos que construir hoje um Portugal do qual nos podemos orgulhar. Dizem-no os políticos, dizem-no os filósofos, dizem-no os intelectuais. Mas ninguém passa da ideia à prática. Enquanto não se investir a sério na educação e formação profissional da população e enquanto não se investir a sério na recuperação do património histórico, cultural e natural não se dá a volta aos problemas económicos e não seremos o país que todos nós queremos ser. Falta construir uma base de estabilidade forte. Às vezes tenho a sensação que estamos sobre areias movediças, que nos faltam os alicerces para construir neste país a sociedade que merecemos.

De que nos serve termos sido durante um curto período da história uma potência mundial se hoje não se vive bem em Portugal, se as populações estão descontentes, se há uma enorme descrença nas capacidades da classe política para resolver os problemas?

Eu tenho muito orgulho de alguns períodos da nossa história. Agora que estamos a apurar as 7 maravilhas de origem portuguesa no mundo, fico maravilhada ao descobrir as maravilhas que construímos por esse mundo fora. Mas também quero ter orgulho do meu país no presente, na forma como se vive no meu país no presente. Queria uma sociedade mais igualitária, mais próspera, um património examplarmente preservado, uma natureza preservada e respeitada. E infelizmente ainda não tenho.
Bem, não quero acabar com uma nota de pessimismo, por isso confesso que tenho esperança que isto ainda vai lá! Nós temos muitas capacidades, temos muitas possibilidades em aberto e temos uma bela matéria prima, o nosso lindo país e o nosso povo.

Para terminar vou colocar aqui um soneto do nosso poeta renascentista, pois hoje é também o seu dia:

Tanto de meu estado me acho incerto,
que em vivo ardor tremendo estou de frio;
sem causa, juntamente choro e rio,
o mundo todo abarco e nada aperto.

É tudo quanto sinto, um desconcerto;
da alma um fogo me sai, da vista um rio;
agora espero, agora desconfio,
agora desvario, agora acerto.

Estando em terra, chego ao Céu voando,
num'hora acho mil anos, e é de jeito
que em mil anos não posso achar um'hora.

Se me pergunta alguém porque assi ando,
respondo que não sei; porém suspeito
que só porque vos vi, minha Senhora.

Luís Vaz de Camões, 1525-1580

sábado, 6 de junho de 2009

Filhos

Já há muito tempo que pensava em falar deste tema no blog, mas não sei porquê tenho evitado, talvez porque não queria fazer um post de raiva. Mas um post da Luciana, deu-me vontade de passar da ideia à acção e agora de cabeça fria, resolvi falar sobre esse assunto.

Eu tenho 34 anos e não tenho filhos. Não tenho porque não tenho, não foi nenhuma decisão que eu tivesse tomado, simplesmente não aconteceu. Por este simples facto sou verdadeiramente "vítima" de preconceito todos os dias. Porque eu sou uma mulher de segunda classe. Eu não sou tão importante como uma mulher que é mãe. Eu ouço todos os dias coisas como "que preocupações é que tu podes ter, não tens filhos?". Pois é, eu sou um ser diminuido desta sociedade e tenho sempre que me curvar perante a superioridade das mães deste mundo. Porque elas têm filhos (quase sempre um) e ganharam um estatuto que eu não tenho. Eu sei lá o que é a vida, dizem elas. Eu sei lá o que é ter problemas! Realmente, não sei, mas consigo ter uma conversa normal durante cinco minutos que não tenha as palavras "o meu filho"! Essa proeza eu consigo realizar.

Não me entendam mal. Eu adoro crianças. Eu não risquei, de maneira nenhuma, da minha vida a possibilidade de ter filhos. Acho até que o tal do relógio biológico começou a fazer um tic-tac repentino aqui neste meu corpinho ou cabecinha, nem sei. Mas até que isso aconteça, porque é que tenho que ser uma mulher de segunda classe? E se eu nunca tiver filhos? Pobre de mim, nunca vou subir de categoria.

Eu compreendo perfeitamente a intensidade do sentimento de ser mãe. Compreendo que os filhos sejam as coisas mais importantes para os seus pais. Sei que é assim. Sei que a pessoa muda depois de ser mãe. Mas isso não faz das mães seres superiores com direito de espezinhar e humilhar as "pobres desgraçadinhas que não foram abençoadas com a maternidade".

Respeito perfeitamente uma mulher que opte por não ter filhos. É uma escolha como outra qualquer e que deve ser respeitada. As mulheres são livres. Podem fazer a opção de não ter filhos e não devem por isso ser olhadas de lado, apenas por não pertencerem ao mundo das supermães.

Infelizmente, quase ninguém aceita que uma mulher não tenha filhos. Porque persiste a ideia que "só se é uma mulher completa quando se é mãe". Esta frase foi-me dita na minha cara e na altura fez-me sentir mal comigo própria. Fiquei tão parva que nem reagi. Havia de ser agora que ela ía ver a mulher completa que eu sou!

Nota: Este desabafo, como é obvio, não é dirigido a todas as mães. Só àquelas que me irritam porque acham que eu tenho que fazer cedências constantemente porque não sou mãe. I have a life, you know? Se não sabiam, ficam a saber: Eu não sou mãe, mas tenho uma vida.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Anatomia dos corações

Esta 5ª temporada de Anatomia de Grey é mesmo muito boa. Ontem, mais um episódio de tirar o fôlego. Izzie encontrou força para lutar. E todos os outros encontraram nela a força para continuar a viver e mostraram o poder que a amizade pode ter.



No fim do episódio, Meredith disse em voz off: "...we live on borrowed time...". Essa frase deixou-me a pensar...

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Sol, curandeiro de almas

O sol, o grande astro que ilumina e aquece este nosso planeta. Como eu o adoro. Bastaram umas três horinhas na praia para energizar o meu corpo e iluminar a minha alma. A vitamina D é realmente muito poderosa. Nesta época do ano a água ainda está muito fria, por isso o banho ficou-se pelos pés!! Mas o sol, a areia, a brisa quente no corpo e as boas conversas fizeram o seu serviço e eu voltei para casa mais animada.

Outra coisa maravilhosa desta época do ano são as cerejas. Frutas maravilhosas com sabor a verão. Este domingo, retomámos o hábito do almoço de domingo em família depois de um intervalo de duas semanas, e eu fiquei encarregue das frutas e sobremesas. Tinha pensado fazer os suflêzinhos lindos da Cláudia, mas com o calor abrasador que estava, resolvi fazer antes uma panna cotta bem fresquinha para servir com frutas de verão: cerejas e mirtilos.



Nunca tinha comido panna cotta com mirtilos e amei a mistura. Com cerejas também é divinal. Ai, foi de lavar a alma.

O Granizado da minha irmã para o dia rosa ainda veio viajar até Lisboa e que bem que soube com o calor que estava!



Então é assim, sol, frutas de verão, panna cotta bem fresquinha (24 horas no frigorífico) e a família reunida, foi a receita perfeita para curar o meu desânimo. Foi-se.