sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Pausa (do trabalho)

Tenho andado muito afastada aqui do meu bloguito por várias razões, mas principalmente por falta de tempo. Estou a fazer jornada dupla, trabalho no escritório de dia e trabalho em casa à noite. Não dá tempo para mais nada. Nem sequer tenho visitado os vossos cantinhos tanto como gostaria.
Mas agora a tradução que tenho em mãos está finalmente perto do fim e já consigo pensar noutras coisas, até porque se não faço uma pausa no trabalho de vez em quando dou em doida.
Numas voltas pela net para espairecer vi aqui, no blog da Pat, este quiz engraçado: Que personagem de Jane Austen é?
Claro que fui logo a correr fazer e sou Elinor Dashwood de Sensibilidade e Bom Senso. Segundo o quiz sou prática, circunspecta e discreta. Tenho bom senso e deixo a cabeça governar, mas tenho um lado emocional muito profundo que poucas pessoas vêem :)
Que engraçado, sempre pensei que fosse Anne Elliot, de Persuasion, que é a personagem com a qual mais me identifico, mas respondi às questões muito honestamente e parece que sou mais parecida com Elinor!

Acho que deu para reparar que sou apaixonada pela obra de Jane Austen, já li todos os livros, alguns várias vezes e conheço muito bem todas as personagens desta maravilhosa autora inglesa do ínício do séc. XVIII. E tudo isto começou aos 20 anos quando a minha irmã me deu um exemplar de Orgulho e Preconceito em inglês, que eu amei e já foi tão desfolhado que já parece ter mais do que os 15 anos que tem!!!

Uma pausa no trabalho era tudo o que o meu cérebro estava a precisar. Agora tenho que voltar :(


I am Elinor Dashwood!


Take the Quiz here!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Casa do Passal

Há coisas que acontecem neste país com as quais não me conformo nem nunca me vou conformar. Uma delas é esta: o estado de degradação em que se encontra hoje a Casa do Passal, 5 anos depois de ter sido classificada como monumento nacional.

Para quem não sabe, a Casa do Passal foi a residência de Aristides de Sousa Mendes, cônsul português em Bordéus, que durante a ocupação da França pela Alemanha ajudou milhares de judeus a fugir da perseguição de Hitler.


Não preciso de dizer que sou grande admiradora da figura de Aristides de Sousa Mendes, um homem que desafiou ordens superiores e concedeu 30 mil vistos a judeus de várias partes da Europa, que assim usaram Portugal como porta de saída do terror e entrada na esperança de uma vida longe de perseguições. Ainda hoje há pessoas que não esquecem o que este homem fez pelas suas famílias e sabem que é graças a ele que estão vivos.


E o que é que Portugal faz? Deixa cair a casa que este homem construiu na sua terra natal e onde passou grande parte da sua vida. Deixa cair um edifício que é monumento nacional. Que bela forma de homenagear a grandeza deste português, não acham?


A casa situa-se em Cabanas de Viriato, concelho de Carregal do Sal, Viseu, numa região linda, que eu adoro, berço da minha mãe e de toda a minha família materna.
Eu gostaria de vê-la restaurada, como casa-museu, para relembrar e homenagear o seu nobre habitante. Será que algum dia vou ver isso? Infelizmente, não me parece que isso vá acontecer.

Lamento muito que assim seja, porque um país que não cuida da sua cultura, da sua história e do seu património acabará por perder a sua essência. Que futuro para um país que não sabe homenagear os seus grandes homens?