sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

And so this is Christmas...


Num e-mail de Boas Festas que recebi vinha a seguinte frase, atribuída a Dalai Lama:

"Só existem dois dias no ano em que nada pode ser feito. Um chama-se ontem e o outro amanhã, portanto, hoje é o dia certo para amar, acreditar e, principalmente, viver."

Achei esta mensagem muito bonita e quis deixá-la aqui para todos vocês.

Ainda vou a tempo de vos desejar a todos um lindo, pacífico e feliz Natal!

As já tradicionais estrelinhas de Natal aqui da casa

Aventuras nas tradições americanas

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Saudades de onde nunca fui

Moçambique sempre foi um país que me fascinou, apesar de nunca lá ter ido. Desde adolescente que queria conhecer Moçambique, a sua gente, os seus costumes e a sua paisagem. Ainda não pude concretizar esse desejo, mas ainda não desisti. Sempre tive saudades de sítios onde nunca fui, Brasil e África no topo da lista. Podem achar estranho usar o termo saudade, mas é isso que sinto.
Ao ler Mia Couto, voltei agora a ter essa saudade de onde nunca fui, essa saudade de Moçambique. Estou a ler Jesusalém, maravilhoso livro de Mia Couto sobre o qual falarei mais tarde para a Academia dos Livros, e as paisagens e as gentes deste livro fazem-me viajar para esse país de terra vermelha.




Pesquisei sobre Moçambique na net e gostei tanto do que vi que fiquei ainda com mais vontade de conhecer melhor esta terra. As paisagens do interior são muito bonitas e as pessoas transmitem muita alegria e dignidade.

A menina da foto central carrega com uma dignidade cortante um irmãozinho nas costas e o vendedor de raízes tem um sorriso tão franco que desconcerta qualquer pessoa.

- Ó amigo, não tem aí nenhuma raíz para curar uma gripe que teima em não passar? É que com tosse, corrimento nasal e dores de garganta custa ainda mais a aguentar o Inverno. E uma raiz anti-nostalgia, a doença que me ataca sempre no Inverno? Essa aposto que tem...

Fotos de Moçambique retiradas daqui

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Homens ao trabalho, já!


Toda a gente diz que o mundo muda muito depressa, mas eu acho que em algumas áreas o mundo muda muito devagar. Por exemplo, nos papéis sociais masculino e feminino e tudo o que esses papéis acarretam de trabalho doméstico para as mulheres e de inércia doméstica para os homens.

Como é que é possível que toda a gente continue a achar normal que as mulheres, para além de trabalharem fora de casa ainda tenham que fazer todas as tarefas domésticas e cuidar dos filhos praticamente sozinhas. E depois ouço coisas como: "O meu marido até ajuda, de vez em quando levanta os pratos da mesa". Que grande ajuda, digo eu!
Porque é que os homens podem só ajudar um bocadinho e são uns excelentes maridos e as mulheres se não fizerem tudo o resto muito bem feito são desleixadas e péssimas donas de casa?

Os homens não deviam ajudar, mas sim partilhar as tarefas domésticas. O casamento não é partilha? Então que se partilhem também as tarefas. Não é justo a mulher fazer 90%, o homem ajudar 10% e ficar com fama de ser muito moderno porque ajuda em casa.

Porque custa tanto a um homem passar umas camisas a ferro, aspirar o chão, ou passar um pano nos móveis para limpar o pó? Porquê?

Porque custa tanto a um homem mudar a fralda a um bebé, dar banho e a papinha, ajudar a vestir e etc? Porquê?

Vai deixar de ser homem? Vai perder a sua masculinidade?


E porque é que tantas mulheres perpetuam estes papéis infinitamente, aceitando fazer todas estas tarefas e educando os filhos homens de forma diferente das filhas mulheres no que diz respeito a estes aspectos domésticos?

Eu ainda vejo muito aquela atitude de "aprender a ser uma mulherzinha" sinónimo de aprender a cozinhar, a tratar de todos os aspectos domésticos em relação às raparigas e nada disso em relação aos rapazes. Eles jogam no computador e elas ajudam a mãe na cozinha. Assim a nossa sociedade nunca vai mudar.

Sigam os bons exemplos das fotos :)

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Fingers crossed

A Conferência Climática de Copenhaga, organizada pela ONU, está quase a começar. Do dia 7 ao dia 18 de Dezembro alguns líderes mundiais vão estar presentes para tentar um acordo na redução das emissões poluentes para a atmosfera. O facto de vários presidentes e primeiros-ministros estarem presentes já é um dado positivo, mostra que os países estão realmente comprometidos a chegar a alguma solução.

Já não há muitas esperanças que saia de Copenhaga um substituto do Protocolo de Quioto ou algo semelhante, mas pelo menos que saia um bom acordo nesse sentido. O Protocolo de Quioto expira em 2012 e o tic tac começa a ouvir-se cada vez mais alto.

Adorei a campanha da Greenpeace, em que os líderes mundiais aparecem envelhecidos e a pedir desculpa. A Greenpeace consegue sempre efeitos dramáticos nas suas campanhas.

“A nossa receita para que os líderes mundiais evitem os pedidos de desculpa [no futuro] é simples: cheguem a um acordo justo, ambicioso e com força legal para salvar o clima”, escreve a Greenpeace na sua página. Os cartazes foram divulgados em várias cidades, mas com especial incidência no aeroporto de Copenhaga.

Esperemos que os senhores e senhoras que governam o mundo pensem bem no que vão fazer a Copenhaga. Fingers crossed.