segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

É tempo de fazer balanços. De analisar o ano que termina e de nos prepararmos psicologicamente para o ano que aí vem. Dizem que vai ser mau, que vai ser de crise, mas eu não quero entrar no ano novo pessimista. Tirem-me tudo, mas não me tirem a esperança.

O ano de 2012 não foi mau a nível pessoal. Sinto que foi um ano de progressos, foi um ano de mudanças positivas e de conquistas, por isso sinto-me confiante nesta entrada em 2013.

Acabei de ouvir no rádio a seguinte frase: O segredo para ter um ano novo maravilhoso é não ter medo de nada. Gostei. Na verdade, não ter medo de nada liberta-nos. E livres somos mais capazes.

Hoje à noite festejem bastante. Façam loucuras. Bebam o que quiserem do recipiente que quiserem. Ou não. Façam o que vos apetecer, mas entrem no ano novo com ânimo para o enfrentar.
Bom ano 2013.

(Bem, eu continuo a preferir uma flute, ou mesmo um copito de plástico, ou mesmo o gargalo da garrafa.)

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

E o mundo não se acabou...

De vez em quando lá aparecem estas profecias malucas a anunciar o fim do mundo. Não estava a par de como o mundo ía terminar desta vez, só sabia que seria às 14:00. Que precisão! Com esta brincadeira toda, só sei que andei o dia todo a cantarolar isto:


sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Downton Abbey



Os primeiros episódios da primeira temporada de Downton Abbey foram muitos bons. Depois à medida que a temporada foi passando os episódios foram ficando mais fraquinhos. As temporadas seguintes não conseguiram voltar à qualidade dos primeiros episódios, mas a vontade de ver não esmoreceu, porque esta "novela" é mesmo gira. E os meus preferidos são mesmo os habitantes do andar de baixo, porque downstairs é muito mais divertido do que upstairs.


Mau dia?


Eu também adoro o Verão, a Primavera, os dias de sol, o céu azul, claro. Mas se há coisa que me irrita é as pessoas verem uma chuvinha e um friozinho e como resposta a um Bom Dia, responderem:
Bom Dia?! Para mim é Mau Dia, com este tempo!
A pessoa que me diz isto desce logo 200% na minha consideração. Mas que mariquice é esta? Então porque está a chover já é um mau dia? Eu queria vê-los na Sibéria, coitados, morriam ao fim de uma semana.
Fica a frase de Alberto Caeiro, heterónimo de Fernando Pessoa:

 


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Quero ser livre


E perder o medo do que a vida trouxer.

domingo, 18 de novembro de 2012

...


O Que Se Quer, Marisa Monte e Rodrigo Amarante

"Eu pago p'ra ver
qual o meu lugar,
que a vida é um dia,
um dia sem culpa,
um dia que passa aonde a gente está"

sábado, 3 de novembro de 2012

De uma vez por todas


Tags não são grafittis, muito menos arte.

Isto é arte urbana:


  
Isto é vandalismo: 


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Dúvida

Comecei há pouco tempo a ler o livro Gabriela, Cravo e Canela de Jorge Amado embalada pela novela da Globo que está neste momento a passar em Portugal. Tinha o livro cá por casa e resolvi pegar nele. Qual o meu espanto quando logo no início do livro o autor descreve a personagem principal como "a mulata Gabriela". Pára tudo. Mulato não significa filho de mãe negra e pai branco ou vice-versa, ou dito de outra maneira, uma pessoa com mistura de genes de etnia branca e de etnia negra? Será que no Brasil, mulata tem outro significado? Deve significar mulher branca com a pele queimada pelo sol, a avaliar pelas actrizes escolhidas para representar Gabriela. Ou será que no Brasil Sónia Braga e Juliana Paes são consideradas mulatas? A mim parece-me que agora, como há 30 anos atrás, o Brasil ainda não aceita ver na televisão uma Gabriela mulata. E eu acho isso muito estranho.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

E está tudo dito

"O nosso problema é e sempre foi o das elites. Aliás, nos grandes momentos e nos grandes dramas da nossa história, quem nos salvou foi o povo, as elites venderam-se."

Vítor Bento

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Dois filmes

 
 
 
A personagem principal de Love, Wedding, Marriage (2011) é Ava, uma jovem terapeuta de casais recém casada. Ava vê o casamento de 30 anos dos pais como um exemplo a seguir e tudo corre às mil maravilhas até ao momento em que a sua mãe resolve pedir o divórcio. A partir daí Ava fica obcecada em "curar" o casamento dos pais e começa a negligenciar o seu. A temática até é interessante e se fosse bem explorada podia dar um bom filme, mas como é uma comédia romântica é tudo tratado de forma ligeirinha. Apesar disso não é um filme idiota. Vê-se bem.
 


 
Gostei bastante mais de Then she Found me (2007). April tem 39 anos e quer desesperadamente ser mãe. Casa com o melhor amigo na tentativa de constituir uma família mas obviamente o casamento não dá certo. Entretanto para complicar ainda mais a situação, após a morte da sua mãe adoptiva surge na sua vida a sua mãe verdadeira. A relação entre mãe e filha e e problemática de April que está numa corrida contra o tempo para ser mãe são tratadas de forma muito interessante. E depois surge Colin Firth para complicar (ou descomplicar?) ainda mais as coisas...  Resultado: um bom filme.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Lisboa às vezes surpreende...


 
 
...até quem aqui vive desde que nasceu. Andava eu na minha hora de almoço a fazer mais um passeio de reconhecimento da área quando descubro este exótico palacete de cuja existência eu desconhecia completamente. Tão diferente dos típicos palacetes lisboetas, não é? 

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Lisboa

 
  
Ao mudar de trabalho mudei também de zona da cidade. Antes trabalhava numa zona mais moderna e plana da cidade. Agora mudei-me para uma zona mais antiga e típica de Lisboa. Ruas estreitas e íngremes e o bónus: do alto da colina vê-se o Tejo ao fundo. 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Alentejo azul


 
 
 
Amo os barrões azuis das casas alentejanas. É daquelas pequenas coisas que faz do Alentejo um lugar especial.
 

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Para Roma... ía já

 


Não é, de maneira nenhuma, o melhor filme de Woody Allen, mas é divertido. Ri muito com todo o nonsense das várias histórias e deliciei-me com os excelentes actores. Mas o melhor de tudo é mesmo Roma. Que saudades de Roma...

domingo, 30 de setembro de 2012

Mudança IV


E lá vou eu de armas e bagagens para o trabalho novo. Desejo a mim própria uma boa viagem e uma ótima estadia.

sábado, 29 de setembro de 2012

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Mudança II

Por esta altura do ano costumo estar deprimida com o fim do Verão, mas felizmente este ano estou em modo mudança e estou a adorar a chegada do Outono. Existe coisa mais linda que a mudança das estações? Cada uma com as suas cores e sabores. Adoro.

terça-feira, 25 de setembro de 2012


And I'm trying to escape.

sábado, 22 de setembro de 2012

A memória

A memória é uma das coisas mais importantes na definição de um ser humano. As nossas vivências, experiências, gostos e hábitos formam a nossa memória e ajudam a definir quem somos. Quando isso desaparece o que fica de nós?


O meu pai tem essa terrível Doença de Alzheimer. A sua memória, tanto de longo como de curto prazo, já falha muito. Já não conta as histórias da sua juventude que costumava contar. Talvez elas já nem existam na sua cabeça. Já não tem certos hábitos que faziam dele quem ele era. Talvez o seu cérebro já seja a maior parte do tempo uma manhã de denso nevoeiro. Por enquanto ainda nos conhece a nós e esse é talvez o momento mais temido, o momento em que o nevoeiro se instale permanentemente naquela cabeça e ele deixe de reconhecer a família.
Nesse momento teremos que nos agarrar à nossa memória para continuar.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012


quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Mudança


As mudanças sempre me assustaram. Muito. Por isso, é com prazer que vejo que eu própria começo a mudar e a não ter tanto medo da mudança. As mudanças chegam e eu consigo encará-las com otimismo. Algumas sou eu própria que vou na direcção delas, enfrentando-as com naturalidade. E vejo que a mudança é um pouco como esta imagem, um portão aberto e um caminho longo, mas cheio de possibilidades.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Cuida do teu bairro

Quando voltei de férias vi espalhados pelo meu bairro uns cartazes a apelar ao civismo, limpeza e simpatia no nosso bairro. Achei a ideia bem interessante, espero que tenha continuidade e que parta agora para acções mais práticas. Este bairro bem precisa que os seus habitantes cuidem dele.


domingo, 12 de agosto de 2012

Marilyn

Neste momento estou a devorar Smash e a adorar. Os actores são excelentes, as músicas lindas e as duas cantoras principais super talentosas. Mas é a aura de Marilyn sempre presente que torna a série tão interessante. Não aparece uma só imagem da actriz, mas a sua omnipresença latente dá vida à série.

Fotografia de Sam Shaw

Cinquenta anos depois da sua morte, Marilyn Monroe continua bem viva. A sua vida atribulada, a sua morte prematura, a sua beleza e fragilidade ainda fascinam o mundo. Eu incluída. Estou com imensa vontade de ler uma boa biografia da sua vida.

sábado, 11 de agosto de 2012

Ora pois?!!

Não consigo perceber porque é que nas novelas brasileiras insistem em por os personagens portugueses a dizer "Ora pois" no início e no fim de cada frase. Nos meus 37 anos de vida neste país nunca ouvi uma alminha que fosse a dizer "Ora pois". Onde é que eles foram buscar isto?


O actor Paulo Rocha, na novela Fina Estampa

O "pois" está sempre na nossa boca, isso é verdade, mas "ora pois"? Que fenómeno.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Navegar é preciso





Os grandes veleiros da Europa estiveram em Lisboa. E tornaram a cidade ainda mais bonita.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Vidas Inspiradoras


Sempre gostei de ler biografias. Gosto de me inspirar em vidas interessantes e ricas de pessoas que de algum modo admiro.

Acabei agora de ler o livro "A Infanta Rebelde" de Raquel Ochoa, uma biografia da Infanta Dona Maria Adelaide de Bragança Van Uden, que faleceu em Fevereiro deste ano com a linda idade de 100 anos.
Eu diria que ela aproveitou bem os 100 anos que lhe foram dados.
Que vida extraordinária teve esta princesa no exílio que passou por duas guerras mundiais, fez parte da Resistência, foi presa, esteve à beira da execução, passou fome e ajudou a salvar vidas e a melhorar as condições de vida de centenas de pessoas.
No dia em que foi condecorada com a Ordem de Mérito Civil
Esta senhora, apesar da origem real, era completamente desapegada dos bens materiais. Era uma pessoa simples e corajosa, aprendeu a lutar pela sobrevivência desde cedo. As dificuldades por que passou durante a 2ª Guerra Mundial ajudaram a fortalecer ainda mais o seu carácter. Tornou-se uma verdadeira mulher de armas e nunca baixou os braços em qualquer situação. Sempre pronta a judar os outros, a frase que ela mais repetia era: " Não ligue às coisas, ligue às pessoas."

Uma vida verdadeiramente inspiradora.



domingo, 17 de junho de 2012

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Yes, I'm a geek

Estou ansiosa para ver Prometheus. Tão ansiosa que passei a tarde de domingo a rever Alien e Aliens.


O filme de Ridley Scott é sem dúvida melhor do que o de Cameron. Mais denso, menos violento e menos óbvio também. Cameron sabe fazer bons filmes de acção/ficção científica, ninguém duvida, mas Ridley Scott é muito mais filosófico. Mas o melhor destes dois filmes é mesmo o fantástico desempenho de Sigourney Weaver. Ripley rocks!

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Para sempre



Para sempre é muito tempo, eu sei. Principalmente nos dias de hoje. Mas eu amo ver um casal que ao fim de 30, 40, 50 anos ainda se ama. Não aqueles que estão juntos por comodismo ou por questões práticas. Falo daqueles que realmente encontraram um companheiro para a vida e que ao fim de tantos anos se amparam, se apoiam, se amam. Companheiros de verdade e para sempre. Acho lindo, lindo. E queria muito isso para mim.


sexta-feira, 1 de junho de 2012

Digam-me

Sou só eu que estou completamente viciada no Pinterest?

segunda-feira, 7 de maio de 2012

quinta-feira, 26 de abril de 2012

O Exótico Hotel Marigold

Ontem vi um filme bonito e enternecedor, daqueles que nos fazem sair do cinema bem dispostos e de bem com a vida. O Exótico Hotel Marigold (The Best Exotic Marigold Hotel no original), um filme com actores maravilhosos que dão vida a personagens riquíssimas.
Um grupo de reformados ingleses decide ir para a Índia passar a sua idade de ouro na tranquilidade do Exótico Hotel Marigold. Alguns chegam desiludidos, outros desanimados, outros ainda querendo provar que nada mudou nas suas vidas, mas as experiências por que vão passar fazem com que percebam que a vida ainda tem muito para lhes dar, mesmo que seja de forma diferente do que eles estavam à espera.


O filme brinca com os estereótipos sobre os britânicos e os  indianos e provoca-nos uma boas gargalhadas, mas tem também muitos momentos que convidam à reflexão, principalmente sobre o envelhecimento. Estar vivo nem sempre é sinónimo de sentir-se vivo e uma coisa é certa e comum a todos os seres humanos, todos nós nos queremos sentir vivos, seja qual for a nossa idade.


quarta-feira, 11 de abril de 2012

O Ano do Dilúvio

O Ano do Dilúvio, (The Year of the Flood no original) mais um livro interessantíssimo de Margaret Atwood.


Num futuro próximo o mundo é governado por gigantescas corporações que levaram ao extremo características como o calculismo, a frieza e a insensibilidade na gestão da vida do cidadão. A destruição do meio ambiente levou à extinção de muitas espécies e à poluição severa. O conhecimento científico foi colocado ao serviço dos caprichos dessas mesmas corporações que criaram seres híbridos de toda a espécie, tanto animais como vegetais.
Uma pandemia desenvolvida por uma das corporações ganha mais força do que era esperado e dizima a emagadora maioria dos seres humanos. Restam alguns, mas irão eles resistir àquilo com que se deparam, à mais recente e louca criação de uma corporação?

Só vos digo que é um livro muito actual, que espelha os problemas que mais afligem o Homem hoje em dia e que mostra como pode ser o mundo daqui a uns anos se continuarmos por este caminho. Uma crítica assumida às grandes corporações, a todas as formas de totalitarismo, à destruição do ambiente e da natureza, tudo isto envolvido por uma história que mantém o interesse até ao fim. Muito bom.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Não guardem tudo aí dentro


Quando guardamos ideias ou sentimentos cá dentro por muito tempo e não os partilhamos com ninguém, essas ideias ou sentimentos podem ganhar um poder desmesurado sobre nós. Podem ficar maiores do que realmente são. Podem ganhar forma de monstro de duas cabeças. Às vezes basta dizê-lo a alguém que nos ouça e essa coisa que era enorme e ocupava muito espaço na nossa cabeça fica pequena e sem importância. Falar, partilhar, combater a vontade de se fechar sobre si próprio pode ser muito libertador e pode também trazer muita paz.

"-Sou a Ren... lembras-te? Só quero que saibas que me partiste o coração, mas, seja como for, estou feliz por estares vivo.
Agora que o disse, há alguma coisa pesada e sufocante que sai de cima de mim, e sinto-me verdadeiramente feliz."

Margaret Atwood, O Ano do Dilúvio

sexta-feira, 30 de março de 2012

Ela e ele...


Não consigo compreender as mulheres que cada vez que mudam de namorado, mudam a sua fotografia do facebook. Mas não porque mudam de visual ou porque lhes apetece mudar a foto, é simplesmente porque mudaram de namorado: antes era ela com o "João" agora é ela com o "Pedro" e amanhã vai ser ela com o "Eduardo".  Vejam se me entendem, não questiono o facto de mudarem de namorado, isso só diz respeito à vida de cada um, mas sim a nunca conseguirem colocar uma foto delas próprias sozinhas. Afinal a página do facebook é individual, certo?
Juro que não consigo entender, mas parece-me falta de auto-estima.

quarta-feira, 21 de março de 2012

As Serviçais



Depois de ler o magnífico O Assassino Cego de Margaret Atwood, As Serviçais de Kathryn Stockett (The Help, no original, A Resposta, no Brasil) soube-me a pouco. Li-o com interesse, pois sempre me interessei pelo tema da segregação racial, mas não conseguia deixar de fazer comparações entre a forma de escrever das duas autoras. Com As Serviçais parecia que estava a ler uma reportagem e não uma obra literária. O livro não é mau, de maneira nenhuma: a história mantém o interesse até ao fim e as personagens são ricas e interessantes, apenas sofreu com a comparação com a leitura anterior.  Mas não deixa de ser uma boa leitura para quem se interessa pelo tema da segregação racial nos sul dos Estados Unidos durante a década de 60.