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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Lincoln

Abraham Lincoln
No passado fim-de-semana fui ver Lincoln, o filme de Steven Spielperg, que conta como o presidente norte-americano conseguiu a aprovação da 13ª Emenda, que proíbe a escravatura nos Estado Unidos. O filme é muito bom. Mostra os meandros da política, os jogos partidários, os esquemas, e até a corrupção a que teve que recorrer o presidente para conseguir aprovar uma lei da mais elementar justiça. É uma clara história de "os fins justificam os meios". Lincoln não quer saber como, só sabe que quer aprovar a lei. E  nada mais importa. Nós tomamos o partido dele. Não interessa o que ele faz pelo meio, no fim ele consegue: abole a escravatura.

Gosto de filmes assim. Ri, chorei, emocionei-me, aprendi e saí com a alma lavada. Vale a pena.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Dois filmes

 
 
 
A personagem principal de Love, Wedding, Marriage (2011) é Ava, uma jovem terapeuta de casais recém casada. Ava vê o casamento de 30 anos dos pais como um exemplo a seguir e tudo corre às mil maravilhas até ao momento em que a sua mãe resolve pedir o divórcio. A partir daí Ava fica obcecada em "curar" o casamento dos pais e começa a negligenciar o seu. A temática até é interessante e se fosse bem explorada podia dar um bom filme, mas como é uma comédia romântica é tudo tratado de forma ligeirinha. Apesar disso não é um filme idiota. Vê-se bem.
 


 
Gostei bastante mais de Then she Found me (2007). April tem 39 anos e quer desesperadamente ser mãe. Casa com o melhor amigo na tentativa de constituir uma família mas obviamente o casamento não dá certo. Entretanto para complicar ainda mais a situação, após a morte da sua mãe adoptiva surge na sua vida a sua mãe verdadeira. A relação entre mãe e filha e e problemática de April que está numa corrida contra o tempo para ser mãe são tratadas de forma muito interessante. E depois surge Colin Firth para complicar (ou descomplicar?) ainda mais as coisas...  Resultado: um bom filme.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Para Roma... ía já

 


Não é, de maneira nenhuma, o melhor filme de Woody Allen, mas é divertido. Ri muito com todo o nonsense das várias histórias e deliciei-me com os excelentes actores. Mas o melhor de tudo é mesmo Roma. Que saudades de Roma...

quinta-feira, 26 de abril de 2012

O Exótico Hotel Marigold

Ontem vi um filme bonito e enternecedor, daqueles que nos fazem sair do cinema bem dispostos e de bem com a vida. O Exótico Hotel Marigold (The Best Exotic Marigold Hotel no original), um filme com actores maravilhosos que dão vida a personagens riquíssimas.
Um grupo de reformados ingleses decide ir para a Índia passar a sua idade de ouro na tranquilidade do Exótico Hotel Marigold. Alguns chegam desiludidos, outros desanimados, outros ainda querendo provar que nada mudou nas suas vidas, mas as experiências por que vão passar fazem com que percebam que a vida ainda tem muito para lhes dar, mesmo que seja de forma diferente do que eles estavam à espera.


O filme brinca com os estereótipos sobre os britânicos e os  indianos e provoca-nos uma boas gargalhadas, mas tem também muitos momentos que convidam à reflexão, principalmente sobre o envelhecimento. Estar vivo nem sempre é sinónimo de sentir-se vivo e uma coisa é certa e comum a todos os seres humanos, todos nós nos queremos sentir vivos, seja qual for a nossa idade.


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

A Dama de Ferro



Não sabia muito sobre Margaret Thatcher. A ideia que tinha era de uma política conservadora, implacável na concretização das suas ideias políticas. Via a governação de Thatcher como uma época de muitas medidas duras, muita contestação popular e  uma guerra à mistura. O filme confirmou todas essas ideias, mas deu a conhecer um lado mais íntimo e pessoal que gostei de conhecer, como por exemplo a sua luta para vencer num mundo de homens. Ainda hoje não existem muitas mulheres chefes de governo no Mundo. E isto porquê? Porque poucos homens se sentem bem no papel de marido de uma política profissional. É quase como ser o príncipe consorte, aquela figura que deve estar firme ali do lado, mas de preferência calada e discreta. Margaret Thatcher parece ter tido um marido que  sempre a apoiou na sua carreira política, que cuidou dos filhos quando foi preciso, que "segurou a casa e a família". O filme deixa transparecer algum ressentimento dos filhos em relação à ausência da mãe.
Ainda hoje é assim não é? Para se dedicar a fundo à carreira política uma mulher tem de ser solteira ou uma mãe ausente. Terá que ser mesmo assim?

PS: Meryl Streep está muito bem no papel de Thatcher, mas o contrário também não seria de esperar. Curiosamente, Meryl Streep conseguiu aparentemente conciliar uma carreira produtiva com uma família numerosa e unida. Será possível em todas as áreas menos na política?

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Nos Idos de Março


Moral da história:  na política ninguém consegue manter os escrúpulos por muito tempo, nem mesmo aqueles que tinham mesmo boas intenções. Nada que eu já não soubesse, claro. Mas o filme mostra-o de forma muito inteligente. Gostei muito. Não tinha ainda visto nenhum filme realizado por George Clooney, mas sem dúvida que com esta obra ele prova que é mais do que um actor charmoso, é também um realizador muito competente. Fiquei também surpreendida com Ryan Gosling, daqueles actores fabulosos que conseguem expressar milhões de sentimentos só com o olhar. Muito bom.

domingo, 23 de outubro de 2011

We'll always have Paris


Viajar até Paris pelas mãos de Woody Allen é quase tão bom como estar lá. Ele mostra-nos, aquilo que nós já sabemos, que Paris é sempre maravilhosa, com sol ou com chuva, no presente ou no passado. E mostra-o de uma forma surpreendente, bonita e elegante, como sempre.
Meia-Noite em Paris é um filme inspirador. Os actores são excelentes, os diálogos inteligentes e bem-humorados e a história é  simplesmente genial.


Viajar até épocas que consideramos fascinantes é o sonho de muita gente. Um sonho que Woody Allen nos permite viver através do seu personagem principal. Não consigo deixar de simpatizar com Owen Wilson neste papel, é certo que ele apanhou alguns tiques de Woody Allen, mas isso não me chocou, parece que Allen se fez retratar a si próprio junto dos seus heróis e assim vemos não Owen Wilson, mas sim Woody Allen junto de Hemingway, de F.S. Fitzerald, Cole Porter, Picasso e muitos outros.

 
O ponto fulcral do filme é mesmo a velha questão de acharmos que a vida era melhor noutros tempos. Pessoas como eu, nostálgicas por natureza, tendem a olhar o passado com romantismo. E até a pensar como teria sido melhor viver noutras épocas. O filme desmistifica esta ideia de forma divertida e inteligente.

É claro que o presente é tudo o que temos e devemos fazer com que ele seja o melhor possível. A nossa época será talvez muito fascinante para pessoas que vivam daqui a 100 anos. Quem sabe? E nós estamos cá, por isso aproveitemos.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Vamos ao cinema?


Cinema Paraíso, Giuseppe Tornatore

Depois dos livros, os filmes. Quando participámos no questionário sobre livros, a Moira sugeriu que poderíamos fazer uma coisa parecida com cinema. Achei a ideia interessante e comecei a pensar num questionário sobre os filmes que nos marcaram.
Quem quiser levar, esteja à vontade. E mesmo se quiserem fazer alguma alteração ou acrescentar alguma pergunta que achem pertinente, façam o favor :)


1. Existe um filme que nunca te canses de ver?

Nunca me canso de ver África Minha (Out of Africa), de Sydney Pollack, com os maravilhosos Meryl Streep e Robert Redford (lindo de morrer neste filme).

2. Algum filme te fez abandonar a sala de cinema a meio da sessão?

Sim. Fui ver Veludo Azul (Blue Velvet) de David Lynch com a minha irmã e lembro-me que saímos a meio do filme. Eu era muito novinha e acho que a minha irmã achou que era demais para mim, rsrs

3. Se escolhesses um filme para ser o filme da tua vida, qual seria ele?

É difícil escolher, mas talvez O Piano, de Jane Campion.

4. O que achas do cinema nacional?

Apesar de admirar imenso Manoel de Oliveira, um homem com uma carreira magnífica, premiada e longa (o senhor tem 102 anos e ainda filma), não consigo gostar dos filmes dele. Vi apenas dois, mas apesar de terem uma estética interessante são na minha opinião muito lentos e essa quase ausência de acção não me entusiasmou a ver mais nenhum.
Confesso que o cinema português não me faz muito ir ao cinema, por isso talvez tenha perdido obras bastante interessantes, como me disseram ser O Filme do Desassossego, de João Botelho. Vou tentar mudar a minha atitude.

Cinema Paraíso, Giuseppe Tornatore
 5. Qual a cena mais bela e inesquecível que alguma vez viste num filme?

Em Cinema Paraíso, a sequência das cenas censuradas no passado e, como não podia deixar de ser, a cena do passeio de avião em África Minha.

6. Qual o ator ou atriz que te faz ir ao cinema?

Não perco um filme com Meryl Streep. Adoro-a. Mas há imensos atores que me levam ao cinema como Paul Giamatti, Ralph Fiennes, etc.

7. Tens algum autor/realizador preferido?

Gosto muito da humanidade de Clint Eastwood, do sentido de humor e da visão do mundo de Woody Allen, da sensibilidade de Jane Campion e tantos outros.

Cinema Paraíso, Giuseppe Tornatore
 8. Indica alguns dos teus filmes preferidos.

Um dos meus filmes preferidos de sempre é Uma História Simples (The Straight Story) de David Lynch, quando ele deixou de lado aquele seu surrealismo tão característico e se centrou no essencial. Lindo, lindo de morrer. Na minha lista também cabem O Piano, de Jane Campion e As Pontes de Madison County, de Clint Eastwood e Cinema Paraíso de Giuseppe Tornatore.

9. Qual o último filme que viste?

No cinema A Minha Versão do Amor (Barney's Version). Em casa um filme de 1983, Os Amigos de Alex (The Big Chill). Adorei ver o Kevin Klein tão novinho.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

A minha versão


Adoro Paul Giamatti. Gosto da imagem dele tão diferente das típicas estrelas de cinema. Gosto da forma maravilhosa como dá vida a personagens "normais" e precisamente por isso, riquíssimos. Ele nunca é o galã, ele nunca é o herói, ele nunca é o príncipe que a menina sonhadora acha que encontrou, ele é sempre o homem comum, muitas vezes o looser, ou o tipo azarado que não tem sorte na vida nem no amor.


Em Barney's Version é também um tipo comum, com defeitos e qualidades. Não é certamente o príncipe encantado, mas também não é o sapo. Pura e simplesmente não é perfeito, mas quem é? Comete um erro e paga por isso, como tem de ser. Quantos safados cometem mil erros e nunca pagam por isso? Esses, os que se safam sempre, por mais porcarias que façam, os espertos desta vida, esses é que são os verdadeiros sapos.


O título em português não poderia deixar de ter a palavra amor, claro, assim ganhou o nome de A Minha Versão do Amor. É impressionante a quantidade de vezes que a versão portuguesa acrescenta a palavra amor a um título original. Só posso deduzir que o amor vende muito em Portugal.
Mas o filme não é só sobre o amor, isso seria muito redutor, o filme é também sobre escolhas, erros, tropeções da vida, acidentes de percurso, a doença e a importância das ligações familiares e sociais.
Em suma, gostei de rever o meu amigo Paul, num dos seus papéis de gente comum, os melhores e os mais interessantes, na minha humilde opinião.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Dois filmes


Sou fã incondicional de Clint Eastwood e apesar da temática de Hereafter - Outra Vida não me ser muito apelativa, fui ver porque tinha fé que sendo do Clint seria imperdível, mas lamentavelmente não achei nada imperdível. É um filme bem feito e filmado com bom gosto como sempre, mas não me convenceu. O tema da vida depois da morte não é definitivamente "a minha praia". O que mais me sensibilizou foi a história dos dois meninos gémeos e da sua mãe toxicodependente, grandes interpretações dos três actores.

Os actores Frankie McLaren e George McLaren

Saí do cinema sem saber muito bem o que pensar, com aquele gostinho de queria mais e esperava mais de Eastwood, mas nem mesmo um realizador de excepção como ele pode agradar sempre a uma cinéfila tão exigente como eu... just kiding :)



Também vi O Discurso do Rei de Tom Hooper, com Colin Firth e Geoffrey Rush em grandes interpretações. O filme é muito giro e está muito bem feito. Alia factos históricos de Inglaterra e da Europa a uma bela história de amizade entre dois homens muito diferentes, mas que aprendem a respeitar-se mutuamente. O rei Jorge VI era gago e tinha muitas dificuldades em fazer os discursos tão necessários à sua posição. Lionel Logue, um australiano "do povo" que se recusa a dirigir-se ao rei como your majesty ou sir e simplesmente o chama de Bertie, vai levá-lo a questionar as causas da sua gaguez e tratar tanto os seus problemas mecânicos da gaguez como as inseguranças por trás deles. Ao mesmo tempo torna-se o melhor amigo do rei.


Colin está cada vez melhor, está a tornar-se um excelente actor. Geoffrey Rush já há muito tempo que é um grande actor, aqui só o confirma.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Com que voz


Adorei o documentário sobre o compositor Alain Oulman, autor de muitos clássicos da música portuguesa, como por exemplo Gaivota, na minha opinião o mais belo fado de todos os tempos. Nicholas, o seu filho mais velho e realizador do filme, leva-nos por uma viagem que explica a história da família Oulman, a sua vinda para Portugal, o nascimento de Alain e de seus irmãos e de todo o seu percurso de vida, o casamento e os filhos, mas principalmente o seu amor à arte, à música e à literatura. O seu percurso profissional foi sempre duplo, enquanto trabalhava para o negócio da família durante o dia, compunha para Amália durante a noite. E foi através do trabalho inovador deste homem, que musicou sempre grandes poetas, desde Camões, até Alexandre O'Neill, passando por David Mourão Ferreira e tantos outros, que a música tradicional portuguesa deu um pulo em frente e se tornou maior na voz da nossa grande diva, Amália Rodrigues. Muito, muito bom. Vale a pena.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Encontros em Nova Iorque



Uma sugestão de um bom filme para ver no Natal. Não é um filme sobre o Natal ou cheio de espírito natalício, mas levanta questões como a ética no trabalho, a vida nas grandes cidades, as desigualdades sociais e a expiação da culpa. Coisas sobre as quais devemos reflectir de vez em quando e que no Natal têm ainda mais significado.
A história, muito resumidamente, é sobre um casal que compra móveis antigos muito baratos a pessoas que desconhecem o seu valor e depois os vende a preços exorbitantes numa loja chique. A mulher vive atormentada com a culpa e assim vão surgindo algumas peripécias engraçadas.
Vale a pena.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Cópia Certificada

Um filme realizado por um iraniano, filmado em Itália, com actores franceses e ingleses e falado em três línguas. Um filme original, como nunca vi nada antes. Um filme que faz pensar sobre a vida, as relações, a arte. Enfim, um filme desafiador.
Como as minhas capacidades de crítica de cinema andam um pouco por baixo, deixo o link para um texto que expressa bem o que senti pelo filme.
Fica também o trailer para aguçar o apetite de quem quiser fugir um pouco ao cinema mais convencional e americanóide que invade as salas de cinema. O mundo é tão grande, porquê ter só uma visão das coisas?




O trailer não capta de maneira nenhuma a intensidade do filme, mas dá um cheirinho.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Mistérios de Lisboa

Mistérios de Lisboa, de Raul Ruiz é sem dúvida um grande filme, e não apenas por ter a duração de 4h e 20 m. Sim é muito grande, mas o tempo parece que voa ao assistir a este espectáculo deslumbrante. Os cenários perfeitos, a exemplar caracterização de época, os belos vestidos nos salões da nobreza, tudo nos faz viajar no tempo. E a cada imagem surge o Romantismo, com todo o seu esplendor.

Não conhecia o livro que deu origem ao filme, mas conhecendo outras obras de Camilo Castelo Branco, reconheci o seu estilo romântico, os dramas, as tragédias, o sofrimento dos personagens: "a esperança da morte é o paraíso dos infelizes", diz a certo ponto uma das personagens principais.

Apesar das suas 4 horas, o filme não é minimamente monótono: as intrigas, as histórias cruzadas, as reviravoltas, as surpresas, os mistérios não permitem que o bocejo se instale.



Não conhecia nenhuma obra do realizador chileno Raul Ruiz, apesar de já ter ouvido falar em Genealogias de um Crime e Le Temps Retrouvé, mas fiquei fã. Nunca o Portugal do tempo do romantismo foi filmado com tanta mestria. Lindo.

Os desempenhos também são fabulosos, começando desde logo pelo promissor João Luís Arrais com o seu olhar profundo e sentido. Este menino vai longe.

Em suma, não tenham medo das 4 horas, vão ver que vai passar num instante.

domingo, 17 de outubro de 2010

The Portrait of a Lady

The Portrait of a Lady de Henry James, sem dúvida um dos meus livros preferidos de sempre, já teve várias adaptações cinematográficas, mas eu nunca tinha visto nenhuma. Quando gostamos muito de um livro há sempre aquele receio de que a versão em cinema nos vá decepcionar. Seria impossível passar para cinema a excelência da escrita de Henry James, a minúcia descritiva, os deliciosos diálogos.


Por isso esperei tanto tempo para ver a versão de Jane Campion. Eu adoro Jane Campion, mas pensava sempre "será que ela conseguiu?".


Não devia ter esperado tanto tempo: o filme é maravilhoso. Jane Campion com a sua enorme sensibilidade e a sua perícia para captar as mais belas imagens oferece-nos um espectáculo deslumbrante do princípio ao fim.


Falo sempre no título em inglês, porque li o livro em inglês e também porque prefiro a sua sonoridade ao português "Retrato de uma Senhora". Esta senhora, é Isabel Archer, uma jovem americana que depois de perder os pais vai para Inglaterra viver com uma tia.

Ralph, primo de Isabel, apaixonado por ela, mas sabendo que nunca poderá tê-la devido à sua frágil saúde, convence o seu pai a deixar uma grande fortuna a Isabel. Ralph quer saber o que esta mulher intrigante e com coragem para recusar a proposta de casamento de Lord Warburton, fará da sua vida se tiver liberdade para a viver como quiser, ou seja, se tiver dinheiro. O que Ralph não pensou foi que deixaria a sua inteligente, mas inocente prima à mercê de pessoas fascinantes, mas sem um pingo de integridade.

O retrato de Isabel Archer é tão bem traçado por Jane Campion como pelo próprio Henry James. O retrato de uma mulher independente e inquieta, com uma enorme ânsia de conhecer o mundo, de viver a vida de forma intensa e profunda, que não quer cumprir as regras apenas porque tem que ser, que se sente capaz de ditar as suas próprias regras. O retrato de uma mulher que quer mais e mais, mas cuja inocência e pureza a tornam uma preza fácil para os manipuladores deste mundo e que acaba aprisionada num casamento infeliz com um homem maquiavélico.

No fundo um retrato dos seus desejos, das suas dúvidas, das suas forças e das suas fragilidades.

Na minha humilde opinião *****

domingo, 9 de maio de 2010

Um Lugar para Viver

Gostei do novo filme de Sam Mendes, Um Lugar para Viver (Away we Go). Simpatizei com aquele casal de trintões com uma vida complicada, ainda com muitos aspectos práticos por resolver, contando apenas com o forte amor que os une, que ao saberem que vão ser pais, partem em busca de um lugar para construir um lar para a sua família.

Gostei também do título em português, apesar de não ser uma tradução literal faz todo o sentido.

sábado, 27 de março de 2010

Um Sonho Possível

Estava a precisar de ver um filme assim. Um filme que me reconciliasse com a imensa bondade e generosidade que o ser humano é capaz de mostrar, com a esperança e até com a fé. Um Sonho Possível (The Blind Side) é um filme tocante, muito bem feito e bem interpretado.


Sandra Bullock representa uma mulher pertencente a uma elite rica, branca e conservadora que decide acolher em sua casa um rapaz de 17 anos, que vive na rua. O resto é sonho. Sonho possível.
É sem dúvida um feel good movie. Saímos do cinema com um brilhozinho nos olhos, um brilho de esperança, ainda mais por sabermos que se trata de uma história verídica. Uma história de amor e de solidariedade.

Em baixo os verdadeiros protagonistas desta história.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Nas Nuvens

O melhor de Janeiro são os filmes. Se não fosse a grande quantidade de filmes bons que passam nos cinemas neste mês, estes dias frios e chatos de Inverno seriam bem mais difíceis de suportar. Nada melhor do que estar numa sala quentinha e escura com um bom filme na frente, quando lá fora está aquele friozinho de Janeiro.

Desta vez vi um filme bastante interessante, Nas Nuvens (Up In the Air), com George Clooney. Gostei bastante. O filme levanta muitas questões relevantes e dá que pensar em muitos aspectos. Primeiro de tudo, na crise económica e como em qualquer crise há sempre alguns que lucram com a desgraça dos outros. Depois, e com mais profundidade, nas relações pessoais. As transformações vividas pelo protagonista levam-nos a questionar várias coisas. Porque nos isolamos? Porque fugimos de ligações verdadeiras e profundas?

É melhor viver sozinho, livre de compromissos e de problemas familiares ou acompanhado, em família, com tudo de bom e de mau que isso acarreta? É melhor não ter poiso certo ou construir um lar para o qual voltar?

Qual o sentido da vida, seja ela vivida a sós ou em família? O que dá sentido à vida?

O filme não dá respostas, mas faz pensar.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Estrela Cintilante

Quem gostar de filmes com muita acção não vá ver Bright Star, o novo filme de Jane Campion, pois ele é o oposto de acção, ele é todo contemplação.

O filme conta a história do jovem poeta Keats e do seu primeiro e único amor.

Como muitos outros poetas e escritores, Keats, hoje considerado um dos maiores expoentes do romantismo inglês, morreu na miséria, sem ver o seu trabalho reconhecido. Para acrescentar um aspecto ainda mais romântico (no sentido literário do termo) à sua vida, morreu novo, aos 25 anos, longe da sua amada, Fanny Brawne.


O filme é talvez demasiado longo, mas de uma imensa beleza. A fotografia é cintilante, tal como o título. O amor quase adolescente, platónico e poético de Keats e Fanny é filmado de forma bela e bucólica, mas também apaixonada e fulgurante.


Não é O Piano, e talvez seja difícil para Jane Campion alguma vez igualar O Piano. Mas são duas horas de beleza visual embalada pela poesia de Keats. No fim de contas acho que era o que eu estava a precisar, de duas horas de contemplação.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

And the Oscar goes to...

... Penélope Cruz, pelo melhor vestido da noite.
Kkkkkkkk...
Agora a sério, eu torcia por " O estranho Caso de Benjamin Button", mas "Quem quer ser bilionário?" também é um grande filme. Acho que o Oscar foi muito bem entregue ao filme e ao realizador. Kate Winslet também estava excelente no filme " O Leitor", por isso a sua estatueta dourada também foi bem entregue. E a nossa vizinha Penélope, para além do prémio dado por mim para a mais bem vestida da noite também ganhou o seu oscarzito de melhor atriz secundária! Bravo.
E que vestido, meu deus, que vestido!