quarta-feira, 30 de abril de 2008

O que temos e o que não temos

It's not having what you want
It's wanting what you've got
Sheryl Crow, Gonna Soak up the Sun

É uma boa frase, mas nem sempre conseguimos contentar-nos só com o que temos. Às vezes é difícil deixar de desejar mais qualquer coisita. Mas é mesmo uma boa frase, eu gosto. Vezes demais queremos o impossível e sofremos por não poder alcançá-lo.

terça-feira, 29 de abril de 2008

O casamento

"(...) acho que a probabilidade de ela ser feliz, seria a mesma se ela se casasse com ele amanhã ou se tivesse a oportunidade de estudar o seu carácter por mais um ano. A felicidade no casamento é exclusivamente uma questão de sorte. Por mais que, antecipadamente, se conheça o temperamento do outro, por mais que existam semelhanças entre ambos, não existe garantia de felicidade. O casal acabará sempre por divergir o suficiente para ter a sua cota de aborrecimentos; e é melhor saber o menos possível acerca dos defeitos da pessoa com quem vamos passar o resto da vida."
Orgulho e Preconceito, Jane Austen (tradução minha)
Acho muito interessante este ponto de vista sobre o casamento, exposto pela personagem Charlotte. Por baixo do seu cinismo vejo uma certa clarividência. É verdade que nunca se conhece completamente uma pessoa. E também é verdade que em muitos casamentos a pessoa que melhor se conhece no mundo, de repente se torna a complete stranger. Se as pessoas se conhecessem realmente bem durante o namoro, metade dos casamentos não chegaria a concretizar-se. Como não sou grande fã da instituição acho que a ideia de que o casamento é uma lotaria tem a sua graça. Mas pobre Charlotte, bem precisou do seu pragmatismo para aguentar o que lhe calhou na lotaria, nada mais nada menos de que o homem mais estúpido do mundo, Mr Collins. Acho as personagens de Jane Austen simplesmente maravilhosas e quando penso que foram desenhadas há dois séculos... Esta senhora era genial.

Vai um bocadinho de auto-crítica?

Sempre que cometo qualquer errozinho culpo-me e critico-me como se tivesse cometido o crime mais hediondo. É uma mania que não me larga: a constante auto-crítica. Uma auto-crítica exagerada que se torna por isso destrutiva. Todos erram e parecem não se abalar na sua auto-estima. Eu sinto cada erro como uma grave falha de carácter e só depois de me ter sentido muito mal por muito tempo vejo que afinal não foi assim tão grave e que perdi o meu precioso tempo a martirizar-me por algo que afinal nem sequer tinha importância. Um pouco mais de discernimento não me fazia mal, não senhor.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Há coisas que nunca mudam


Tinha que ser. Lá apanhei o primeiro escaldão do ano. E logo num sítio tão pouco visível como a TESTA!! Prometo que vai ser o último. Juro que vou besuntar cada milímetro do corpinho com creminhos altamente protectores.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Viver

Se eu pudesse pedir um desejo a algum génio da lâmpada, acho que pedia mesmo para ser uma pessoa simples. Com simples quero dizer descomplicada. Daquelas pessoas que não fazem dramas e para quem a vida é uma coisa simples. Como eu queria encarar a vida como uma coisa simples! Para mim viver é dramático, é complicado, é complexo. Não posso dizer que tenho problemas gravíssimos na minha vida, porque não tenho. Mas viver custa. E parece-me que também custa a alguns daqueles que me rodeiam. Não sabemos viver. Será que algum dia saberemos?

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Carrinho é que é bom

Sempre fui adepta dos transportes públicos. Vivo e trabalho em Lisboa, por isso, sempre achei dispensável um carro no meu dia-a-dia, uma vez que tenho o metro muito perto de casa. Mas agora compreendo cada vez mais aqueles que não dispensam o seu carrinho para ir todos os dias para o trabalho. Passo a explicar. Hoje entrei num autocarro, porque não me apetecia fazer a caminhada do trabalho até à estação de metro de Alvalade: ainda são uns bons 15 minutos a andar nas calmas. Pois acreditem, não foi uma boa decisão. O meu olfacto foi quem mais sofreu, pois teve o desprazer de detectar toda uma gama de odores desagradáveis. Desde o chulé, passando pelo suor, até ao hálito a vinho, tudo passou por mim. Para culminar ainda levei com as migalhas da minha vizinha do lado que ía a comer a bela da sandocha! Assim não dá.
Viva o bólide!

sexta-feira, 11 de abril de 2008

O Farol



Sexta-feira, 18:00, Sto. Amaro de Oeiras

Bem lá ao fundo, o farol. É para ver se ele me ilumina o caminho...

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Sábados


Ando sedenta de sol e neste sábado, mesmo com pouco sol, lá rumei eu ao meu favorite place on earth do momento: o paredão entre Cascais e Estoril, com pausas prolongadas no Monte Estoril, a receber as boas energias do mar e do sol. Sabe tão bem.
Esta foto não é muito feliz (a maré está muito baixa), mas foi a única que consegui encontrar.

Filmes (que vão sendo) da nossa vida

Adorei os últimos três filmes que vi em DVD. Todos muito diferentes. Primeiro Knocked Up (Um Azar do Caraças, em português), que de comédia para adolescentes energúmenos só tem mesmo o nome. Depois Volver de Pedro Almodóvar, um pouco de tragédia, um pouco de comédia e excelentes actrizes. Gostei muito. E por fim, Becoming Jane (A Juventude de Jane), um filme lindinho sobre a vida de Jane Austen. Possivelmente uma verdade muito romanceada, mas mesmo assim, um filme muito bonitinho. Adorei. E assim se passam uns serões de domingo um pouco mais reconfortantes...