terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O Assassino Cego


Margaret Atwood
Fico tão feliz quando descubro um autor que me empolga e que me faz ficar cheia de vontade de conhecer o resto da sua obra. Aconteceu agora com Margaret Atwood. Li O Assassino Cego e fiquei rendida a esta senhora. Ela tem um dom, escreve maravilhosamente bem.


Mas ter um dom não significa que o acto de criar seja fácil. Conseguimos perceber que O Assassino Cego não foi um livro fácil de criar. Está ali muito trabalho, muito engenho e muita arte. Mas o que mais me tocou é que todo esse talento e todo esse trabalho assentam num profundo conhecimento do ser humano, das suas contradições, das suas fragilidades e das suas forças, no fundo, do limbo que pode ser a vida. Adorei.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

As portas


Tenho uma louca paixão pelas portas de Lisboa. As portas antigas, de madeira, claro. As portas que fazem parte do nosso património porque são únicas e nossas. Fico tão triste quando vejo uma porta destas ser substituída por uma porta de alumínio igual a tantas outras. Devia ser proibido por lei. Sou radical, eu sei, mas não é um pecado que Lisboa perca verdadeiros monumentos com esta porta da foto? Esta teve sorte, foi preservada e está linda, mas quantas não se perdem todos os dias por esta cidade fora?

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Home






Casa. Lar. Aconchego. Refúgio. Um livro para ler no sofá enquanto o sol invade a sala. A gata no seu cantinho predilecto a aproveitar o sol de Inverno. Home, sweet sweet sweet home.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

A Dama de Ferro



Não sabia muito sobre Margaret Thatcher. A ideia que tinha era de uma política conservadora, implacável na concretização das suas ideias políticas. Via a governação de Thatcher como uma época de muitas medidas duras, muita contestação popular e  uma guerra à mistura. O filme confirmou todas essas ideias, mas deu a conhecer um lado mais íntimo e pessoal que gostei de conhecer, como por exemplo a sua luta para vencer num mundo de homens. Ainda hoje não existem muitas mulheres chefes de governo no Mundo. E isto porquê? Porque poucos homens se sentem bem no papel de marido de uma política profissional. É quase como ser o príncipe consorte, aquela figura que deve estar firme ali do lado, mas de preferência calada e discreta. Margaret Thatcher parece ter tido um marido que  sempre a apoiou na sua carreira política, que cuidou dos filhos quando foi preciso, que "segurou a casa e a família". O filme deixa transparecer algum ressentimento dos filhos em relação à ausência da mãe.
Ainda hoje é assim não é? Para se dedicar a fundo à carreira política uma mulher tem de ser solteira ou uma mãe ausente. Terá que ser mesmo assim?

PS: Meryl Streep está muito bem no papel de Thatcher, mas o contrário também não seria de esperar. Curiosamente, Meryl Streep conseguiu aparentemente conciliar uma carreira produtiva com uma família numerosa e unida. Será possível em todas as áreas menos na política?