Em Parte Incerta (Gone Girl) de Gillian Flynn, é sem dúvida o livro que mais gostei de ler nos últimos tempos. Surpreendente. Soberbamente bem escrito. Espero que façam alguma coisa decente com o filme que aí vem. Neste momento estou desejosa de começar a ler Lugares Escuros (Dark Places).
segunda-feira, 31 de março de 2014
sábado, 29 de março de 2014
Não sei o que se passa comigo. Eu, que até há bem pouco tempo era uma cinéfila inveterada, perdi completamente a vontade de ir ao cinema ou mesmo de ver os filmes em casa. Não tive vontade de ver os candidatos ao Oscar, aliás, só hoje vi o vencedor e não achei nada de especial. 12 Anos Escravo é demasiado longo e muito fraquinho. Uma história terrível, que obviamente deve ser lembrada, mas o filme em si, como obra de arte, não me disse muito.
Enfim, a vontade cinéfila está em baixo. Tenho imensos filmes em casa para ver, mas arranjo sempre qualquer outra coisa para fazer. No outro dia comecei The Monuments Men e não consegui nem chegar ao meio. Achei tremendamente chato e não me agarrou.
Por outro lado, ando entusiasmadíssima com as minhas séries.
domingo, 23 de março de 2014
Farinha de arroz
Continuando com a resolução de experimentar farinhas sem glúten andava com vontade de fazer algumas receitas que levavam farinha de coco, como por exemplo esta. Entrei no Celeiro decidida a comprar um pacotinho da dita, mas esse pacotinho custava a módica quantia de 12,95 € e como ainda não foi esta semana que acertei no Euromilhões comprei antes um pacote de farinha de arroz (3,95€).
Na minha primeira tentativa de fazer uns biscoitos com a farinha de arroz, cortei tanto no açúcar que eles ficaram a saber a sabão. Aprendi a lição e misturando algumas receitas fiz estes biscoitinhos de farinha de arroz e amêndoa que ficaram muito agradáveis. Reduzi em 25% a quantidade de açúcar pedida nas receitas e o resultado foi positivo, não sabem a sabão, mas também não estão muito doces.
Fica a receita para quem quiser tentar:
100 gr farinha arroz
50 gr amêndoa triturada
70 gr manteiga sem sal
75 gr açúcar
1 ovo
meia colher de chá de canela
Prepare o tabuleiro barrando-o com manteiga.
Forme um creme com a manteiga e o açúcar, depois adicione o ovo e bata até obter uma massa leve. Junte a farinha, a amêndoa e a canela e misture bem. Cubra o recipiente com película aderente e refrigere por 30 minutos. Aqueça o forno para ficar moderadamente quente. Forme bolas com aproximadamente 2,5 cm de diâmetro. Achate-as e leve ao forno a assar por 12 min ou até deslizarem facilmente no tabuleiro.
Não ficam com a textura fofa e aveludada nem com aquele aspecto bonito a que estamos habituados nos biscoitos de trigo, mas comem-se muito bem.
quinta-feira, 13 de março de 2014
O Toque de Midas
Colleen McCullough tem um talento especial para contar histórias de amores impossíveis, sem descambar para o lamechas. Esta é a história dum homem ambicioso que transforma tudo o que toca num sucesso, um homem que consegue tudo aquilo que quer, à exceção do amor da mulher com quem se casou. É uma saga familiar das boas, e pelo meio há encontros e desencontros, relações disfuncionais e a história da construção da Austrália como pano de fundo.
terça-feira, 11 de março de 2014
Fim de tarde no quintal
Foram só três diazinhos no Alentejo mas mesmo assim deu para matar saudades do campo, do cheirinho da terra, do som dos bichos e do meu quintal. Estive tão entretida a cuidar da casa e do quintal que só ao entardecer me lembrei de tirar fotografias. Já havia pouca luz, mas mesmo assim não resisti.
domingo, 9 de março de 2014
Mandioca
A minha maior dificuldade nesta coisa de reduzir o consumo de glúten é o que comer ao pequeno-almoço e nos lanchinhos do meio da manhã e da tarde. Ao pequeno almoço costumava comer pão ou algum tipo de cereal com leite, tipo muesli, granola, ou mesmo (sim confesso!) papa Nestum. Agora tenho comido corn flakes sem qualquer tipo de açúcar e por vezes acrescento linhaça grosseiramente triturada, mas confesso que todos os dias se torna um pouco monótono.
Existem imensas receitas de pães, bolos, panquecas, crepes e biscoitos sem glúten, mas quase todas as farinha utilizadas são muito mais caras do que as de trigo. Por isso tenho andado a explorar a farinha de mandioca que mesmo assim ainda é a mais barata. O polvilho azedo ou doce tem um preço razoável e a tapioca também. Tenho feito muitos pães de queijo, mas quero começar a fazer outras coisas com o polvilho para variar. Já tenho algumas ideias que tirei daqui, e que quero experimentar, como por exemplo profiteroles com polvilho.
Em relação à tapioca depois de muito pesquisar na net cheguei à conclusão que é impossível fazer aqui em Portugal aquilo que eu queria fazer, que é uma espécie de crepe que se faz com a goma da tapioca no norte do Brasil e que tem este aspecto:
Se mesmo em certas zonas do Brasil não é fácil achar esta tal de goma da tapioca ainda mais difícil é encontra-la aqui. Depois de muito procurar a única coisa que encontrei foi esta tapioca granulada que, pelo que percebo, é utilizada para fazer cuscuz ou sobremesas:
Seguindo a receita da embalagem e cortando o açúcar para metade fiz uma espécie de papinha que ficou comestível, mas acho que não fiz bem a hidratação da tapioca porque a consistência estava um bocado estranha. Quando estamos habituados à facilidade da farinha de trigo, é difícil perceber os segredinhos e caprichos dos outros ingredientes. Mas nada que muita prática não resolva. E eu vou continuar a tentar.
Existem imensas receitas de pães, bolos, panquecas, crepes e biscoitos sem glúten, mas quase todas as farinha utilizadas são muito mais caras do que as de trigo. Por isso tenho andado a explorar a farinha de mandioca que mesmo assim ainda é a mais barata. O polvilho azedo ou doce tem um preço razoável e a tapioca também. Tenho feito muitos pães de queijo, mas quero começar a fazer outras coisas com o polvilho para variar. Já tenho algumas ideias que tirei daqui, e que quero experimentar, como por exemplo profiteroles com polvilho.
pão de queijo |
foto retirada daqui |
Seguindo a receita da embalagem e cortando o açúcar para metade fiz uma espécie de papinha que ficou comestível, mas acho que não fiz bem a hidratação da tapioca porque a consistência estava um bocado estranha. Quando estamos habituados à facilidade da farinha de trigo, é difícil perceber os segredinhos e caprichos dos outros ingredientes. Mas nada que muita prática não resolva. E eu vou continuar a tentar.
quarta-feira, 5 de março de 2014
Alimentação - uma pequena reflexão
Já há algum tempo que venho a sentir vontade de mudar algumas coisas na minha alimentação. Gosto da ideia de uma cozinha saudável, natural, local quando possível, etc. e tenho lido bastante sobre o assunto porque é um tema que me fascina. Mas confesso que o que despoletou este maior interesse na alimentação foi a doença do meu pai. Ao ler sobre o Alzheimer deparei-me com vários textos que ligam a doença ao consumo excessivo de açúcar. Continuei a ler sobre os malefícios do açúcar e mais me convenci que tinha que reduzir o consumo do doce vilão. Na nossa vida diária nós nem reparamos na quantidade de açúcar que ingerimos. O açúcar está presente em doses industriais em muitos dos alimentos processados que compramos no supermercado, ironicamente também nos chamados alimentos light, que por serem livres de gordura têm que compensar com açúcar para terem sabor. Muitas vezes até em alimentos que não estamos à espera como por exemplo polpa de tomate.
Eu era viciada em bolachas, comia muitas caseiras, mas nas fases de preguiça comia muitas compradas no supermercado, carregadas de xarope de frutose e glicose, que é açúcar em doses absurdas. Essa foi então a primeira mudança que eu quis fazer, reduzir o açúcar.
Mas não parei por aí, porque um texto puxa o outro e do açúcar passei para os óleos vegetais e depois para o glúten e depois para os hidratos de carbono em geral e depois para a lactose e depois... fiquei confusa... e exausta. Será que podemos comer alguma coisa descansados?
Acho que não podemos ser radicais. Eu por natureza não sou uma pessoa radical, procuro sempre um equilíbrio e é isso que estou a tentar fazer neste momento.
Eu era viciada em bolachas, comia muitas caseiras, mas nas fases de preguiça comia muitas compradas no supermercado, carregadas de xarope de frutose e glicose, que é açúcar em doses absurdas. Essa foi então a primeira mudança que eu quis fazer, reduzir o açúcar.
Mas não parei por aí, porque um texto puxa o outro e do açúcar passei para os óleos vegetais e depois para o glúten e depois para os hidratos de carbono em geral e depois para a lactose e depois... fiquei confusa... e exausta. Será que podemos comer alguma coisa descansados?
Acho que não podemos ser radicais. Eu por natureza não sou uma pessoa radical, procuro sempre um equilíbrio e é isso que estou a tentar fazer neste momento.
De entre a dieta vegetariana, a vegan, a dieta paleo, a low carb, etc, não opto por nenhuma. Neste momento o que faz sentido para mim é recolher alguns elementos de umas e de outras e começar a fazer experiências, ver o que se adequa ao meu organismo e ao meu estilo de vida.
Estou numa fase de experimentação. Para já não me vejo a riscar nenhum elemento da minha dieta, mas sim a diminuir o seu consumo. O que faz sentido para mim neste momento é diminuir o açúcar e o glúten. Acontece que estas são as mudanças mais difíceis para mim, pois eu sou doida por doces, bolos, pães, pizzas e afins. A mudança vai ser lenta e, espero eu, livre de ansiedade. Há hábitos muito difíceis de mudar e eu não quero fazer disto um processo penoso.
Mas já começou e até agora tem sido interessante.
Mas já começou e até agora tem sido interessante.
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