Charlotte de Morango

para uma aniversariante especial

Ontem foi o aniversário da minha sobrinha Carolina. Na nossa família temos a mania de preparar em casa muita coisa para as festas de aniversário e desta vez não foi diferente. Sempre a pensar nas preferências gastronómicas da minha sobrinha, a minha irmã fez o bolo de aniversário e os bolinhos individuais de chocolate, a minha mãe fez o arroz doce que ela tanto gosta e eu resolvi fazer uma charlotte de morango, o seu sabor preferido.

Inspirei-me na Dancing Charlotte do blog Sopa Vermelha, fiz algumas alterações a pensar no gosto da pequenada e gostei muito do resultado.


Para a ganache usei:

200g de chocolate para culinária
200g de chocolate de leite
200ml de natas

Para a mousse de morango usei:

400ml de puré de morango
10 folhas de gelatina
10 colheres de sopa de açúcar
3 colheres de sopa de água
400ml de natas

Para evitar desastres que podem acontecer a montar a charlotte, deixei a montagem para o fim. Comecei por fazer a ganache, derretendo em banho-maria a mistura de chocolates e depois juntando as natas. Deixei arrefecer e coloquei no frigorífico.

Depois fiz a mousse de morango. A primeira coisa a fazer é transformar os morangos em puré, em seguida passa-se por um coador para retirar aquelas pequenas graínhas do morango. Colocam-se as folhas de gelatina em água fria. Leva-se o puré ao lume com o açúcar e a água até levantar fervura. Retira-se do lume, escorrem-se as folhas de gelatinas e incorporam-se no puré até estarem completamente dissolvidas. Deixa-se arrefecer e juntam-se as natas batidas. Depois coloca-se no frigorífico para ganhar mais consistência.

Enquanto os recheios ficavam mais sólidos, principalmente a mousse, montei a charlotte com os palitos la reine, (ladyfingers em inglês, biscoito champanhe no Brasil). Diga-se que esta é a parte mais chata, ufa que trabalheira... mas compensa porque o resultado final fica muito bonito. Depois é só colocar a ganache e a mousse por cima quando já não estiver líquida. Por fim, decorar a gosto.

CAROLINA PARABÉNS PELOS TEUS OITO ANOS

Leite Derramado no Cabo Espichel

Gostaria de saber escrever como Chico Buarque para poder falar sobre o seu último livro, Leite Derramado, mas infelizmente não sei. Só sei dizer que foi amor à primeira frase, que li, que ri, que me encantei com o português de Chico Buarque, que fiquei com vontade de falar dele como se ele fosse apenas o chico, aquele amigo cá de casa, que fiquei nostálgica de chalés demolidos, que fiquei triste, que voltei a rir e que por fim voltei a ficar triste e nostálgica, mas isso sou só eu que tenho uma alma nostálgica por natureza. Recomendo.

Recomendo também um passeio ao Cabo Espichel a quem nunca foi. Aliás toda a zona é maravilhosa. E de repente lembro-me que já só tenho uma semana de férias...

Alentejo

Passei uns diazinhos completamente incomunicável no meio da planície Alentejana. Foi uma verdadeira estadia campestre: sem telemóvel, sem internet, um verdadeiro regresso ao passado.

Fez-me bem, apesar de não ter descansado tanto como queria, ou melhor, actualmente por mais que eu descanse nunca descanso o suficiente, sinto-me verdadeiramente cansada... mas adiante.

Como sabem, o Alentejo nesta altura do ano é muito quente e a única coisa verde nos campos são as lindas vinhas que cobrem grande parte desta região. A aldeia onde o meu pai nasceu está inserida numa região vinícola. Destas vinhas que aqui estão vai sair o vinho da Adega Cooperativa da Vidigueira. Eu não sou grande apreciadora de vinhos, mas dizem que o branquinho é do melhor!

O engraçado no Alentejo nesta época do ano é que se estão a formar os frutos do final do verão e também os frutos do outono e do inverno. Daqui a um mês ou dois as uvas serão colhidas. No Outono teremos as nozes, amêndoas e azeitonas prontinhas para colher. E no Inverno, as laranjas vão fazer as delícias de muita gente.




A minha estação do ano preferida no Alentejo é a Primavera, mas o Verão também tem os seus encantos. Apesar do sol inclemente, implacável e tirano que esteve nestes dias (acho que apanhei uma insolação, tal é a moleza física e intelectual com que estou hoje!), é bom sair da cidade, respirar outro ar, apenas estar e ser, sem quaisquer preocupações.

(Depois de umas reclamações do pastor, ele já está visível aqui em baixo, assim como o seu belo rebanho (clicar na foto). Peço desculpa pela interferência.
Ass.: a administradora pirata deste blog)


Fiquem bem.

Férias II

As férias até agora estão a ser deliciosas. Muita prainha, muita vitamina D, passeios, descanso, leitura, em resumo, uma maravilha.

Estou a ler o último livro de Chico Buarque, Leite Derramado, um livro que é leve sem ser light, se é que percebem o que quero dizer. O livro não é de maneira nenhuma frívolo ou fútil, muito pelo contrário, é um livro que aborda o tema do envelhecimento, do esquecimento, da confusão de memórias na cabeça de um idoso, de passados maravilhosos e de presentes tristes, mas cuja escrita flui tão facilmente que nos faz continuar numa leitura cheia de prazer, sem ter vontade de parar. Estou a lê-lo em todo o lado: em casa, na praia, numa esplanada, na relva à sombra de uma árvore... Está escrito num português tão bonito, que me traz algumas lembranças de Machado de Assis. Não falo no estilo, apenas num português que fica a meio caminho entre o português de Portugal e o português do Brasil actuais, e que me parece mais bonito ainda. Não conhecia o Chico escritor de livros, apenas o escritor de canções, mas acho que este senhor está muito bem em qualquer das áreas.

Lá está ele na foto, ao lado dos protectores solares. Ainda não comentei aqui, o resultado do estudo da DECO que chegou à conclusão que o melhor protector solar à venda em Portugal é o Ambre Solaire da Garnier, hihihi. Por acaso é o que sempre usei no corpo, enquanto amigas minhas gastavam balúrdios em cremes de perfumaria de marcas glamorosas! Qual Chanel, qual Dior, qual quê! O Ambre Solaire é que é! Sim, sim, aquele que se vende nos supermercados e é bem baratinho, aquele que é acessível a todos os bolsos, esse é que é o melhor! Adorei! Vitória do povo, para variar!

Mesmo sem saber tenho acertado nos melhores protectores solares do mercado. Para o rosto compro Biotherm que é o segundo melhor creme protector do mercado, segundo este estudo.

Fiquem bem, aproveitem a vida, leiam, sejam felizes.

Férias

Coliseu

Estou a três dias de entrar de férias. Apesar do muito trabalho e da exigência de concentração, a cabeça de vez em quando desliga e sonha. Flashes das últimas férias em Roma, flashes de férias de anos anteriores, pequenos momentos de felicidade numa praia, ou num simples passeio pelo campo. Instantes de puro prazer que acabam depressa porque o trabalho chama.

Este ano já fiz a minha viagem ao estrangeiro, por isso agora vou ficar por aqui, fazer uma prainha, dar uns passeios, ir até ao campo, descansar. O corpo, e principalmente a mente, precisam.

Coliseu

Como hoje a imagem de Roma não me sai da cabeça resolvi falar mais um pouco sobre as minhas impressões sobre esta cidade. Quando fiz o meu diário de viagem acabei por não fazer um post sobre a Roma Antiga, a Roma Romana, aquela que mais me fascina.

Coliseu (interior)

Não consigo explicar a emoção que senti ao tocar nas paredes ancestrais do Coliseu, ao percorrer o Fórum Romano, ao contemplar o Fórum Imperial à luz de um magnífico pôr do sol romano. Uma das bases da nossa cultural ocidental é a cultura Greco-Romana da Antiguidade Clássica. Nasceram ali fundamentos que ainda hoje se mantêm: a estrutura da nossa sociedade democrática nasceu em Atenas e os Romanos souberam como ninguém inspirar-se na Grécia. A república e depois o império romano lançaram muitas bases da nossa cultura, a nível do direito e da organização da sociedade, e a nós, falantes de português, francês, espanhol, italiano e romeno deixou-nos as nossas maravilhosas línguas, "descendentes" do Latim, língua que este povo espalhou pela Europa.

Forum Romano

Eu adoro lugares antigos, lugares com séculos de história por isso foi com verdadeira emoção que percorri as pedras pisadas por esses antigos romanos.

Forum Imperial

Roma tem a magia de viver bem no presente com as marcas de várias fases do passado. Uma cidade verdadeiramente mágica.

Voltando ao presente, e como já disse, este ano não estou a pensar fazer outra viagem ao estrangeiro. Por isso vou querer aproveitar muito deste meu cantinho à beira-mar plantado. Das suas belas praias e do tranquilo e pacato interior. Estou desejosa de praia e campo. Amo Lisboa, mas chega aquela altura em que nós precisamos de sair da cidade e estar em contacto directo com a natureza para reenergizar o corpo e a mente. Estou nessa fase.

Património Arquitectónico

Relativamente perto da minha casa existe um prédio centenário que está neste estado de degradação que podemos ver pelas fotografias. O prédio está assim abandonado há mais de 10 anos e dou-o como exemplo das centenas de prédios que existem em Lisboa, neste estado de abandono e degradação. Uma das coisas que mais me entristecem em Lisboa, aliás no nosso país, (porque o problema não é exclusivo de Lisboa, vi o mesmo em algumas zonas do Porto) é a forma como se deixam literalmente a cair edifícios que fazem parte do nosso património arquitectónico e cultural. Não são apenas prédios velhos, pertencem a um património que é só nosso e que devia ser preservado. Eu não digo que todos os edifícios antigos devam ser obrigatoriamente recuperados, mas em bairros onde existe ainda uma harmonia arquitectónica, não compreendo como as câmaras municipais não investem na preservação deste património.

O edifício é muito grande, tem pelo menos 24 apartamentos. Se fosse restaurado poderiam viver nele pelo menos 24 pessoas/famílias. Pessoas essas que trariam mais vida à cidade de Lisboa. E que teriam casas no centro da cidade, perto de tudo.

Eu nunca entrei no edifício, mas de fora parece-me que as casas são muito grandes e de pé direito bem alto. Para além disso tem varandas na frente, e nas traseiras tem quintais que pertencem aos prédios e que também estão obviamente abandonados. Que desperdício!

É realmente lamentável ver este tipo de património ao abandono. O edifício é todo recoberto com azulejos com uma influência levemente mourisca e até estão mais ou menos preservados tirando a parte inferior do edifício.

Quando é que os responsáveis municipais vão compreender que tão importante como construir o novo é preservar o antigo, pois é esse património que é único?

Séries, séries e mais séries

Vi no blog do Maldonado, um desafio para dizer quais as nossas 20 séries preferidas e copiei logo a ideia. Como sou completamente viciada em séries não podia deixar passar esta oportunidade de falar sobre elas, rsrs. Quem me conhece sabe que a determinadas horas estou colada à tv e só falem comigo se for um assunto muito sério, tipo ter que levar alguém ao hospital ou coisa do género!

Então as minhas 20 séries (americanas) preferidas podem ser estas, digo podem porque eu gosto e gostei de tantas que é difícil escolher:
(sem ordem de preferência)

1 - Anatomia de Grey

2 - Private Practice (Clínica Privada)

3 - Irmãos e Irmãs

4 - Sete Palmos de Terra

5 - Os Sopranos

6 - Saving Grace

7 - Cold Case (Casos Arquivados)

8 - Ossos

9 - A Patologista

10 - Donas de Casa Desesperadas

11 - Dharma & Greg

12 - Sexo e a Cidade

13 - Lipstick Jungle

E as mais antigas:

14 -Moonlighting (Modelo e Detective)

15 - Adultos à força

16 - Ficheiros Secretos

17 - Twin Peaks

18 - Dear John

19 - Frasier

20 - Seinfeld

Ficaram de fora tantas: The Twilight Zone, Thirty Something, Felicity, Alf, Cheers, Dempsey e Makepeace, e tantas outras séries que eu adorei por diversas razões. Umas pela qualidade outras apenas por que me faziam rir e para mim o riso é a melhor terapia de todas! Alf, por exemplo, era uma série que me divertia imenso. O que eu me ria com aquele extraterrestre simpático que dizia piadas secas e a seguir o seu típico "My jokes kill me!"!
Ficaram também de fora as fabulosas séries britânicas, A Jóia da Coroa, Yes, Minister e Alô Alô são apenas alguns exemplos, mas isso dava para outro post.