segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O regresso ao forno e a Santiago

Há séculos que não tinha vontade de fazer doces. Andava sem força para nada e os doces ficaram no fundo do fundo da lista de coisas para fazer. Durante um período tive que virar-me para dentro e apenas descansar. Descansar corpo e mente que pediam socorro cada vez mais alto. Então desliguei e descansei. Dormi muito, tudo o que o corpo pediu e no fim não restou tempo para quase mais nada.

Um dos sintomas de que estava a ultrapassar o breakdown, foi a vontade de voltar a fazer um docinho. Andava eu a passear pelo Café da Sereia quando umas tartes que vi por lá me despertaram uma imensa vontade de ir para a cozinha. Lembrei-me então da Tarte de Santiago, que já há muito tempo tinha visto também num dos blogs desta amiga virtual.

A primeira coisa que fiz foi procurar nas minhas tralhas as fotos e recordações das minhas viagens a Santiago de Compostela. Aí a vontade tornou-se ainda maior e lá fui eu para a cozinha.


Esta tarte é a coisa mais fácil de fazer que vocês possam imaginar.

Ingredientes para a massa:
  • 5dl de óleo de girassol
  • 5 cl de leite
  • 100 gr de farinha
  • 25 gr de açúcar
  • pitada de sal
Ingredientes para o recheio:
  • 4 ovos
  • 200gr de açúcar
  • pitada de canela
  • raspa de limão
  • 200 gr de amêndoas em pó
  • açúcar glacé
Preparação:

Misturar o óleo, o leite, a farinha, o açúcar e o sal até obter uma mistura homogénea. Envolver em película aderente e deixar repousar 30 minutos.
Estender numa tarteira untada com manteiga.
Para o recheio, bater os ovos com o açúcar, a canela e a raspa de limão até que estejam bem cremosos.
Ligar o forno a 180º C. Juntar a farinha de amêndoas ao creme e misturar bem. Levar ao forno por aproximadamente 40 minutos. Polvilhar com açúcar glacé.
Para fazer a forma da espada de Santiago imprimi e recortei a espada para utilizar como molde.



 
Fica uma delícia e é super fácil. E foi uma boa desculpa para recordar ótimos momentos passados em Santiago de Compostela, com pessoas que me marcaram muito, apesar de agora já não fazerem parte da minha vida.



Para terminar só uma nota linguistíca: uma diferença entre português europeu e do Brasil; o que nós chamamos de tarte, os brasileiros chamam de torta, o que nós chamamos de torta os brasileiros chamam de rocambole. Corrijam-me se estiver enganada :)

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O Tejo num dia de Janeiro

Aproximavam-se nuvens negras, e o Tejo tingiu-se de negro também.




domingo, 16 de janeiro de 2011

Policiais escandinavos: um novo vício.

Sempre gostei de ler policiais. Comecei ainda adolescente com Agatha Christie e o seu genial Poirot, passei depois por Rex Stout e agora deixei-me envolver completamente pela onda de policiais vindos do frio. Acabei de ler A Princesa de Gelo, de Camilla Läckberg e foi daqueles livros que me prenderam desde a primeira página. O enredo está muito bem construído, trazendo à tona mistérios atrás de mistérios que só são desvendados no final. A história passa-se na gélida cidadezinha de Fjällbacka, onde Erica e Patrick vão desenredando lentamente a teia complexa de tragédias passadas que levaram ao assassinato de Alex numa banheira gelada em pleno inverno sueco. Aliás o frio e o gelo estão presentes de tal forma no livro que quase os sentimos na nossa pele e na nossa alma. Apesar de estarmos num sofá quentinho e na temperatura mais amena de Lisboa, o fascínio pelas terras geladas da Escandinávia adensa-se e viajamos facilmente até lá. Também é um pouco para isso que servem os livros, certo? Para viajar sem sair do lugar. Recomendo vivamente para quem gosta de policiais.


Segue-se Millenium e depois logo se vê.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Égoïste

A minha psi diz-me que tenho que ser egoísta. Será que eu consigo?



Lembram-se disto? Já lá vão 20 anos. Não, não quero chegar ao extremo do senhor do anúncio que levou aquelas mulheres todas à loucura! Mas um bocadinho de egoísmo se calhar não me faria mal.