domingo, 7 de agosto de 2011

Vinho Mágico


Gosto da escrita de Joanne Harris. Com este, já li quatro livros da autora e nenhum me decepcionou. É uma escrita envolvente, quase sempre cheia de sabores e aromas. As suas histórias têm sempre também um toque de magia, "a magia do dia-a-dia" como diz Joe, o apaixonante personagem que no seu pequeno quintal cultiva ervas aromáticas, bagas, legumes e árvores de fruto tudo isto regado com muita alquimia. A magia de Jackapple Joe, como é conhecido, as suas sementes raras, os seus vinhos especiais, as suas histórias fascinantes tocam de modo profundo a vida de Jay, o personagem principal, quando este ainda era um menino. Ao longo de 20 anos Jay viverá assombrado pelo passado, pelos três verões passados com Joe e pelo seu súbito desaparecimento. Terá que largar tudo, ir para França e pôr em prática tudo o que Joe lhe ensinou para fazer as pazes com o passado e reencontrar a harmonia perdida quando Joe saiu da sua vida.

Com este livro retomei um hábito antigo, o de ir à biblioteca. A biblioteca é dos espaços mais democráticos que existe. E depois temos a magia do dia-a-dia: quantas pessoas este mesmo exemplar já fez feliz? Quantas pessoas já se emocionaram, já riram e já choraram com este livro nas mãos? Não é mágico?

6 comentários:

Beth/Lilás disse...

Oh, que boa dica estás a nos dar!
E eu que ando atrás de algo novo pra ler e desse jeitinho como descreves.
Pena que aqui pelo Brasil acabaram com as bibliotecas, só mesmo a grande que fica no centro do Rio, mas as de bairro sumiram, uma tristeza isso.
Vou comprar, já anotei, obrigada.
beijos cariocas

Heloísa Sérvulo da Cunha disse...

Isabel,
Gostei da dica. Não conhecia o autor.
E deve ser bem mágica a leitura em uma biblioteca, embora não tenhamos esse hábito.
Beijo.

Cláudia Marques disse...

Adoro bibliotecas, felizmente aqui em Alverca há uma bastante agradável. É muito bom podermos levar os livros emprestados para casa, e podermos lê-los sem gastar dinheiro, e ainda partilhá-lo com outros leitores. E é um importante acto anti-consumismo. Para quê termos em casa centenas de livros, para os lermos uma ou duas vezes na vida (mais raramente). Claro que há excepções, há livros que "precisamos" mesmo de ter, são-nos imprescindíveis, mas a maior parte, podemos muito bem ler e devolver, para que outra pessoa o possa ler. Até porque em qualquer momento podemos voltar lá e requisitá-lo de novo.

Acho que não li esse livro, ou li? estou tão esquecida... :/

Dani disse...

Em Londres, usava muito as bibliotecas. Muitas estão a fechar no momento devido ao novo governo que, seguindo a linha dos antigos governantes conservadores, acredita na burrice do povo para melhor poder controlá-lo.
Sabias que tem jeito para as resenhas?
Beijos, te cuida!

Moira - Tertúlia de Sabores disse...

Não vou a uma biblioteca há anos :/
E esse livro é mágico, gostei muito. Tenho que ver se leio o cinco quartos de laranja que ainda não li.

Anónimo disse...

Olá,
já li o livro há muito tempo e posteriormente, vi um filme no cinema que era em tudo semelhante à história do livro, mas infelizmente não me lembro do título do filme, alguém sabe?
Cumprimentos
P.F.