quarta-feira, 21 de março de 2012

As Serviçais



Depois de ler o magnífico O Assassino Cego de Margaret Atwood, As Serviçais de Kathryn Stockett (The Help, no original, A Resposta, no Brasil) soube-me a pouco. Li-o com interesse, pois sempre me interessei pelo tema da segregação racial, mas não conseguia deixar de fazer comparações entre a forma de escrever das duas autoras. Com As Serviçais parecia que estava a ler uma reportagem e não uma obra literária. O livro não é mau, de maneira nenhuma: a história mantém o interesse até ao fim e as personagens são ricas e interessantes, apenas sofreu com a comparação com a leitura anterior.  Mas não deixa de ser uma boa leitura para quem se interessa pelo tema da segregação racial nos sul dos Estados Unidos durante a década de 60.

5 comentários:

Lúcia Soares disse...

Isabel, livros têm que ser divulgados sempre. Vou procurar pra ler. Parecem interessantes os dois citados.
Beijo!

Beth/Lilás disse...

Querida amiga,
Vi este filme na semana passada e amei. O livro deve ser melhor, como sempre, mas gostei muito do filme também.
Interessante a abordagem e mostra que países como Brasil que foi o maior comprador de escravos das Américas, até os dias de hoje, continua segregando estas mulheres, afinal nossas casas e apartamentos ainda conservam o tal 'banheiro e quarto de empregada'.
um super abraço da amiga
Beth

Cláudia Marques disse...

Comecei a ler ontem, já dei umas boas gargalhadas: aquela Minny é o máximo!
Parece-me que vou gostar. :)

Dani disse...

Eu gostei muito desse livro por um lado, mas achei inconclusivo. Gosto de finais abertos, mas eles cabem em obras de retórica mais elaborada. Gosto do tema, mas achei a narrativa formulaica. Isso me cansa um pouco - ler livros que são escritos com filmes em mente. Fica sempre claro. Há bons momentos, mas o livro parece que está a crescer numa determinada direção, mas não chega lá. Como, por exemplo, com a personagem Celia. Não fiquei com vontade de ver o filme, o livro bastou. Razoável.
Bjs

Cláudia Marques disse...

Bem, quando deixei o comentário anterior, ainda não sabia da «Coisa Terrivelmente Feia»! :) Bolas, nem a Hilly merecia "aquilo", e olha que ela merecia umas quantas coisitas más...
Li o comentário da Dani, concordo que fica uma sensação de que a autora podia ter ido mais além. Gostei do livro, li-o bastante rapidamente, mas de vez em quando ficava com a sensação de que algumas coisas não faziam muito sentido. Há situações bastante improváveis, e como o livro pretende recriar situações verídicas, às vezes não bate a bota com a perdigota.
Mas o tema é realmente bastante interessante, e pensar que tudo aquilo se passava há tão pouco tempo...