"-Deixe ver os olhos, Capitu.
Tinha-me lembrado a definição que José Dias dera deles, "olhos de cigana oblíqua e dissimulada". Eu não sabia o que era oblíqua, mas dissimulada sabia, e queria ver se se podiam chamar assim. Capitu deixou-se fitar e examinar. (...) Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que foram aqueles ollhos de Capitu. (...) Traziam não sei que fluido misterioso e enérgico, uma força que arrastava para dentro, como a vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca. Para não ser arrastado, agarrei-me às outras partes vizinhas, às orelhas, aos braços, aos cabelos espalhados pelos ombros; mas tão depressa buscava as pupilas, a onda que saía delas vinha crescendo, cava e escura, ameaçando envolver-me, puxar-me e tragar-me."
Depois... depois muito mais vai acontecer na vida destes dois.
Quem não leu o livro, leia. Ler um bom livro enriquece a nossa visão do mundo, da vida e das pessoas.
Quem já leu sabe que esta é a versão de Bento dos acontecimentos, como seria a de Capitu? Isso ficará sempre no segredo dos deuses...
2 comentários:
Só isto? Não tá certo... Eu quero saber mais!!! Tá bem, já percebi, tenho que ler o livro! Eu vou-me vingar!
Também deu mais vontade agora de reler este livro. Vou ver se o acho nas estantes de minha mãe!
bjs
Enviar um comentário