segunda-feira, 29 de junho de 2009
Assuntos variados
quarta-feira, 24 de junho de 2009
E o Porto aqui tão perto...
Resumindo e concluindo, foi um dia muito bem passado, um dia feliz, um dia em que provámos que as afinidades conquistadas virtualmente através dos nossos blogs, se mantêm na "vida real", ao vivo e a cores. Queridas amigas, espero sinceramente que nos voltemos a encontrar todas. Enquanto isso não acontece vamos blogando, mas agora com pessoas de carne e osso!
Olhem os presentinhos mais lindos que eu recebi destas amigas fofas! Feitos por mãos muito habilidosas, umas para os doces outra para os trapinhos!
terça-feira, 16 de junho de 2009
A Saúde no Séc. XIX
"Para explicar porque a cólera tinha atacado os pobres, os médicos do início do século XIX afirmavam que a cólera podia apenas atacar indivíduos que tinham enfraquecido os seus corpos vivendo uma vida imprópria (Rosenberg, 1987). De acordo com esta teoria, os pobres causavam as suas próprias doenças, primeiro porque não tinham a iniciativa necessária para escapar à pobreza e depois por escolherem comer uma dieta pouco saudável, viver sem condições de higiene ou beber demasiado álcool. Assim, por exemplo, o Conselho Médico da Cidade de Nova Iorque concluíu em 1832 que “a doença na cidade está confinada aos imprudentes, aos intemperados e aos que se prejudicam a si próprios tomando medicamentos impróprios” (Risse, 1988).
Interessante, não acham? Bem, interessante ou não, tenho que voltar para ele.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Clima
quarta-feira, 10 de junho de 2009
É só para lembrar que hoje...
...de Camões...
... e das Comunidades Portuguesas.
Pois é, hoje é o nosso dia nacional e não quis deixar esta data em branco.
Dei largas à minha veia de historiadora e de politóloga e deu nisto:
Em 1128, D. Afonso Henriques assume o comando do Condado Portucalense. Mas só em 1179, o Papa Alexandre III aceitou D. Afonso Henriques como rei e o território do anterior Condado Portucalense como Reino de Portugal. Portugal é assim o país mais antigo da Europa, com isto queremos dizer que é o único país da Europa que estabeleceu as suas fronteiras definitivas em 1267 e que manteve essas fronteiras até hoje (pronto Olivença, não conta!). Feito único nesta Europa que ainda recentemente criou novas fronteiras.
Temos portanto uma história muito antiga como país. Fizemos coisas das quais nos envergonhamos, fizemos coisas das quais nos orgulhamos. E hoje parece-me que a auto-estima da nação está muito em baixo. Só quando olhamos para o passado sentimos orgulho do nosso país. Todos nos dizem que temos que construir hoje um Portugal do qual nos podemos orgulhar. Dizem-no os políticos, dizem-no os filósofos, dizem-no os intelectuais. Mas ninguém passa da ideia à prática. Enquanto não se investir a sério na educação e formação profissional da população e enquanto não se investir a sério na recuperação do património histórico, cultural e natural não se dá a volta aos problemas económicos e não seremos o país que todos nós queremos ser. Falta construir uma base de estabilidade forte. Às vezes tenho a sensação que estamos sobre areias movediças, que nos faltam os alicerces para construir neste país a sociedade que merecemos.
De que nos serve termos sido durante um curto período da história uma potência mundial se hoje não se vive bem em Portugal, se as populações estão descontentes, se há uma enorme descrença nas capacidades da classe política para resolver os problemas?
Eu tenho muito orgulho de alguns períodos da nossa história. Agora que estamos a apurar as 7 maravilhas de origem portuguesa no mundo, fico maravilhada ao descobrir as maravilhas que construímos por esse mundo fora. Mas também quero ter orgulho do meu país no presente, na forma como se vive no meu país no presente. Queria uma sociedade mais igualitária, mais próspera, um património examplarmente preservado, uma natureza preservada e respeitada. E infelizmente ainda não tenho.
Bem, não quero acabar com uma nota de pessimismo, por isso confesso que tenho esperança que isto ainda vai lá! Nós temos muitas capacidades, temos muitas possibilidades em aberto e temos uma bela matéria prima, o nosso lindo país e o nosso povo.
Para terminar vou colocar aqui um soneto do nosso poeta renascentista, pois hoje é também o seu dia:
Tanto de meu estado me acho incerto,
que em vivo ardor tremendo estou de frio;
sem causa, juntamente choro e rio,
o mundo todo abarco e nada aperto.
É tudo quanto sinto, um desconcerto;
da alma um fogo me sai, da vista um rio;
agora espero, agora desconfio,
agora desvario, agora acerto.
Estando em terra, chego ao Céu voando,
num'hora acho mil anos, e é de jeito
que em mil anos não posso achar um'hora.
Se me pergunta alguém porque assi ando,
respondo que não sei; porém suspeito
que só porque vos vi, minha Senhora.
Luís Vaz de Camões, 1525-1580
sábado, 6 de junho de 2009
Filhos
Não me entendam mal. Eu adoro crianças. Eu não risquei, de maneira nenhuma, da minha vida a possibilidade de ter filhos. Acho até que o tal do relógio biológico começou a fazer um tic-tac repentino aqui neste meu corpinho ou cabecinha, nem sei. Mas até que isso aconteça, porque é que tenho que ser uma mulher de segunda classe? E se eu nunca tiver filhos? Pobre de mim, nunca vou subir de categoria.
Eu compreendo perfeitamente a intensidade do sentimento de ser mãe. Compreendo que os filhos sejam as coisas mais importantes para os seus pais. Sei que é assim. Sei que a pessoa muda depois de ser mãe. Mas isso não faz das mães seres superiores com direito de espezinhar e humilhar as "pobres desgraçadinhas que não foram abençoadas com a maternidade".
Respeito perfeitamente uma mulher que opte por não ter filhos. É uma escolha como outra qualquer e que deve ser respeitada. As mulheres são livres. Podem fazer a opção de não ter filhos e não devem por isso ser olhadas de lado, apenas por não pertencerem ao mundo das supermães.
Infelizmente, quase ninguém aceita que uma mulher não tenha filhos. Porque persiste a ideia que "só se é uma mulher completa quando se é mãe". Esta frase foi-me dita na minha cara e na altura fez-me sentir mal comigo própria. Fiquei tão parva que nem reagi. Havia de ser agora que ela ía ver a mulher completa que eu sou!
Nota: Este desabafo, como é obvio, não é dirigido a todas as mães. Só àquelas que me irritam porque acham que eu tenho que fazer cedências constantemente porque não sou mãe. I have a life, you know? Se não sabiam, ficam a saber: Eu não sou mãe, mas tenho uma vida.
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Anatomia dos corações
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Sol, curandeiro de almas
Outra coisa maravilhosa desta época do ano são as cerejas. Frutas maravilhosas com sabor a verão. Este domingo, retomámos o hábito do almoço de domingo em família depois de um intervalo de duas semanas, e eu fiquei encarregue das frutas e sobremesas. Tinha pensado fazer os suflêzinhos lindos da Cláudia, mas com o calor abrasador que estava, resolvi fazer antes uma panna cotta bem fresquinha para servir com frutas de verão: cerejas e mirtilos.
Nunca tinha comido panna cotta com mirtilos e amei a mistura. Com cerejas também é divinal. Ai, foi de lavar a alma.
Então é assim, sol, frutas de verão, panna cotta bem fresquinha (24 horas no frigorífico) e a família reunida, foi a receita perfeita para curar o meu desânimo. Foi-se.