Eu tinha dito a mim mesma que tinha que poupar dinheiro para a minha viagem a Itália, e que ía começar a cortar no cinema, mas depois de uma semana chatíssima, como resistir a um encontro com um dos meus cineastas preferidos. Então, lá fui eu ao cinema ver o novo filme de Woody Allen, que ganhou o Globo de Ouro para melhor comédia. Mas claro que este filme é mais do que uma simples comédia. Sim, é muito bem disposto, sim, tem o humor inteligente e irónico de Woody Allen, mas tem também uma certa tristeza e melancolia porque se centra sobre a impossibilidade das relações. Allen filma uma série de relações falhadas, ou semi-falhadas. Cristina (Scarlett Johansson) é daquelas pessoas constantemente insatisfeitas com a vida e com o amor. Sempre em busca de algo mais. Encontra mas logo parte em busca de outra coisa. Vichy (Rebecca Hall) é o contrário, muito certinha, cheia de certezas na vida, com o seu futuro todo programado e a quem um pequeno encontro com um homem muito diferente de si faz perder todas as certezas. Elena (Penélope Cruz) e Antonio (Javier Bardem) amam-se mas não conseguem viver juntos. Antonio quer todas as mulheres ao mesmo tempo. E por aí fora.
É por isso que eu gosto de Woody Allen, porque acho que ele vê o mundo como eu vejo: uma enorme série de impossibilidades! Não é preciso dizer que adorei o filme, pois não?
Pelo meio dei umas boas gargalhadas e fiquei com imensa vontade de conhecer Barcelona. Mas saí do filme com uma pontinha de melancolia.
Pelo meio dei umas boas gargalhadas e fiquei com imensa vontade de conhecer Barcelona. Mas saí do filme com uma pontinha de melancolia.
10 comentários:
Isabel,
Você tem razão. A parte triste das atuais comédias românticas é exatamente essa dificuldade (ou impossibilidade, como diz você) dos relacionamentos amorosos. Ainda bem que também existem acontecimentos leves e passagens que provocam risos.
Também gostei bastante do filme.
Também fui ver ontem à noite esse filme, sendo um aficionado do Woody Allen, não podia falhar...
Adorei o filme, está tipicamente "Woodyalliano", os triângulos amorosos, as incertezas e todas as situações de um quotidiano dito normal, que não é nada normal. Adorei a personagem de Juan António interpretada pelo Barden, e a Scarlett cada vez mais madura como actriz.
Enfim resumindo adorei.
Beijo
Eu bem que gostava de ver, MAS... não há condições!
Fiquei curioso pelo filme, não conheço muito a obra de Woody Allen.
Mas Barcelona sempre me seduziu com as obras de Gaudi
Não vi o filme, mas se decidires ir a Barcelona ofereço-me já para ir também!
Até que podíamos organizar uma viagem de "jeitosas"... íamos todas juntas para parecermos "muntas", aproveitávamos e até gravávamos por lá alguns episódios da novela... ;)
O que achas da ideia Amiga?
Beijocas ***
Tenho uma Cristina dentro de mim (salvo seja!) :)
Eu vou ver se recorro à piratada para ver os filmes que quero. Não tenho €€ para ir ao cinema he he
Ai jasus! já estou a imaginar a cena, uma jeitosa que eu cá sei de excursão com o garrafão de 5 litros ás costas, uma outra jeitosa que eu conheço com a arma á tiracolo (já que tem licença de uso e porte de arma,)
vai ser lindo vai...
e esta nossa novela muda de enrredo a cada dia.
beijos daqui a barcelona
Estou muito curiosa... ainda não vi
Gosto muito do Barden - tem qualquer coisa não é?
Deixei uma prendita para ti no meu "estaminé"
Isabel,
A minha vida de mãe não me garante o direito de ir e vir o que me deixa muito pressa a casa. Perdi a chance de ver este filme que passou por Trondheim mas já foi. Agora eu espero o dvd. Eu amo o Woody Allen e não perco um filme dele, mas este me passou. Ele faz graça com os vícios humanos e não fica de fora da própria sátira. Ele se retrata em todos os homens.
Mas eu preciso discordar de você numa coisa. Eu acho que a vida é cheia de possibilidades e que tudo é uma questão de perspectiva. Também acho que ver as possibilidades ao invés das impossibilidades ajuda a mover montanhas. Mas este é uma papo longo.
Beijos,
Claudia
Papo longuíssimo, Cláudia, longuíssimo. Eu tenho dias. Nuns acredito que tudo é possível, comigo e com o mundo, noutros acredito que os meus desejos são todos impossíveis e que o mundo não tem jeito. Mas quando eu falava de impossibilidades estava a falar das relações humanas, onde eu sou um fracasso:( daí as impossibilidades...
E o filme fala de insatisfação, o que pode levar a muitas relações impossíveis.
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