Quando ainda era uma miúda, vibrava com uma série que se chamava em português Os Trintões. Lembram-se? Era muito gira. Contava as aventuras e desventuras de um grupo de amigos de trinta e tal anos. Estava eu tão longe dos trinta. E isto vem a propósito de quê? É que hoje deu-me para reflectir sobre a idade.
Quando fiz trinta algumas pessoas um bocadinho mais novas perguntaram-me como é que tinha sido, como é que era ter trinta anos. Eu respondi que era exactamente igual a ter 29. Isto porque na altura não senti nenhuma mudança especial. É obvio que não é uma passagem definida para outra fase da vida. Não se apagam as velinhas e automaticamente somos outra pessoa. Isso não acontece assim. Mas agora, quase a fazer 34, já me sinto uma pessoa diferente, ou seja, sinto que os trintas já me trouxeram algumas coisas. Boas na sua maioria. Por exemplo:
- já não me preocupo minimamente com o que os outros pensam de mim;
- ganhei paz de espírito e uma tranquilidade interior que não tinha antes (será isto a maturidade?);
- percebi que as oportunidades tem que ser aproveitadas, porque podem nunca mais aparecer;
E podia ficar aqui o dia todo, mas acho que já dá para ter uma ideia. Quase a fazer 34 estou tranquila. Não estou (por enquanto) horrorizada com o passar dos anos, sinto-me bem na minha pele, melhor do que quando tinha 24. Tirando o joelhito que de vez em quando começa a adivinhar chuva, sinto-me bem na pele de trintona! Uma amiga minha de 23 aninhos diz-me, "Ó querida, os trinta são os novos vintes!". E eu rio-me. Eu não quero ter vintes outra vez. Eu estou bem assim, nos thirty something.
13 comentários:
E eu...a caminho dos 31 já estou a entrar também nessa fase, deixar de me preocupar com o que passou e tentar olhar em frente com garra e força de viver.
BE
Pois é minha amiga,
eu sinto-me com a mesma sensação, só com uma diferença de que já estou quase a terminar a casa dos trintas.
Mas embora já tenha 39 quase a fazer 40, não me sinto nada com esta idade e por vezes penso como os anos passaram depressa apartir dos 35.....
Mas estou bem e feliz e isso é que se quer independentemente dos vintes, trintas ou quarentas, não acham?
Jokinhas
Eu tb gostava muito dessa série.
Estou muito feliz por estares com esse estado de espírito: a idade está na nossa cabeça, e não no BI. Claro que às vezes o corpito vai dando uns sinais, que o diga eu que já vou nos 42... será??? só acredito mesmo qdo vejo no BI que nasci em 1966!! E mesmo assim, ainda duvido... neste momento sinto-me trintona, apesar de estar a precisar de uma dose extra de energia. Talvez ginseng??
Bjs
Eu da série não me lembro.
Ainda não cheguei aos 30 mas já tenho os sintomas todos antes do tempo: cabelos brancos, tantos que me perguntam se são madeixas; doem-me os ossos quando muda o tempo, coisa que já acontece desde a pré-adolescência; não me preocupo minimamente para o que os outros pensam e dizem de mim... isto tudo porque nem sei se chego aos 30 e já os estou a viver he he
Amiga... estou a uma semana de entrar nos "intas"...
Estou em fase de mentalização...
Lembro-me bem dessa série... Esteve a passar novamente. Não me lembro onde - Sic Mulher provavelmente :)
Kiss Kiss
Brown Eyes, é a maturidade a chegar!
Sandra, acho que tens razão, a idade não interessa, o que interessa é encarar a vida com entusiasmo.
Mana, tu tens 42, mas pareces ter 32. Tens que me dar o segredo, ok?
Ameixa, a mim tu pareces ser daquelas pessoas que não têm idade e simultaneamente têm todas as idades e acho isso maravilhoso.
Sofia, já agora quando é que é? Quero-te dar as boas vindas aos intas!
Uma opinião masculina...Tambem eu via os trintões...
o interessante na altura da serie era que retratava problemas de adultos, quando somos jovens o que queremos é crescer, ser adultos...... queremos tudo rapido...os sonhos ..a independência..
Quando vivemos nos trinta, e no meu caso 30+10 já vivemos alguma coisa.
Já sofremos....já fizemos sofrer...tivemos ilusões....desilusões.. já perdemos tempo com coisas desinteressantes,que para nada serviram, bem ... para nada não, nunca se perde tempo... serviu para aprender, dar valor ao que realmente queremos.
Acho tambem que é uma altura de alguma acomodação...em todos os aspectos...profissionais...pessoais. Com tudo o que de bom e de mal isso pode trazer, reconheço que alguns dos "problemas da vida" se deve a alguma acomodação, o dar como garantido.....
Se conseguirmos juntar a vontade de viver, e de experimentar da juventude... com a sabedoria da experiência dos 30 ... e o verdadeiro ser interior...nada está perdido na busca por aquilo que se deseja....
e tudo se torna mais claro nos thirty something.
Eu também estou a poucas semanas de fazer 32 e também partilho as tuas sensações.
Eu desde os 17 que sou muito independente e já passei por muito e vi muita coisa, devido à vida profissional que tenho e durante os meus vintes fui um pouco "desmiolado", nunca me preocupei com nada, só queria festas, farras e saídas, mas agora estou totalmente o inverso, cada vez mais aprecio a simplicidade, a família e consigo distrair-me e divertir-me muito mais com pequenas coisas do antes nas noitadas e confusões, apesar de ter entrado nos 30 há pouco, sinto-me muito mais maduro.
Enfim... é a vida!!
Beijo
Ena, tantos escorpiões!
Maninha, obrigada pelo piropo, mas acho que estás a exagerar um bocadinho... só um bocadinho...
mas obrigada; de qualquer modo, é como me sinto, e isso é o principal.
Já agora, um recado para a Ameixinha: a mim tb me costumavam doer as articulações qdo o tempo arrefecia, mas isso era qdo era + nova, portanto, podes ficar descansada, que não é sinal de velhice... se calhar ainda estás a crescer.......
He he... quem não tem blog manda recados do blog dos outros ;) O que não vale ter uma irmã, não é? Agora sou eu que me meto contigo Cláudia :p
Eu acho que em mim já nada cresce... nem para cima, nem para os lados (ainda bem senão já rebolava em vez de andar) e até os neurónios já dão sinais de velhice he he
Olha... tanto escorpião por metro quadrado vai sair picada na certa ;)
Eu também faço parte do clube. :)
Realmente os 30 são uma etapa madura, pois caracterizam-se por se ter maior estabilidade e confiança em si, bem como uma grande abertura de espírito.
Infelizmente na actual sociedade, que sobrevaloriza a eterna juventude, são vistos como uma fase de decadência. Mas quem assim pensa, das duas uma: ou é demasiado jovem (e por conseguinte imaturo em relação à vida) ou é um alienado...
Se você já vê claramente as vantagens dos trinta anos, pode então começar a imaginar o quanto elas aumentam quando você chegar aos quarenta.
Sabe aquela sensação de potência, do posso tudo o que eu quero e ninguém tem nada com isso, chega ao ápice nos 40. Não sei se dura muito, mas que é uma maravilha fazer 40 isto é.
C.
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