domingo, 31 de agosto de 2008

Central do Brasil

Quando estou de férias não costumo ver muita televisão. Gosto de desligar-me (quase) totalmente do mundo e dos hábitos da vida quotidiana. Mas quando me disseram que no sábado ía dar Central do Brasil, não resisti. Mesmo com uns anos de atraso, não ía perder a oportunidade de ver Fernanda Montenegro a fazer cinema, uma grande actriz que conheço das novelas, desde o tempo de Guerra dos Sexos.
Valeu a pena. Que filme bonito, que grande actriz, que pequeno grande actor. Há muito tempo que eu não chorava tanto num filme como no final de Central do Brasil. Foi um filme que me tocou e me emocionou do princípio ao fim. Lindo, lindo, lindo.

sábado, 23 de agosto de 2008

Summer Holidays

Durante uns tempinhos vou andar afastada aqui das blogagens.

Até breve.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Girl Talk

I - Viste o Munique?
A - Aquele com aquele homem maravilhoso, o ... Eric Bana?
I - Esse mesmo.
A- Hmm..Ele também entra no Tróia.
I - (Cara de felicidade) Sério? Tenho que ver.

Isto é o que se pode chamar uma conversa séria sobre cinema.

Lições

A atleta sul-africana Natalie du Toit perdeu uma perna num acidente de carro em 2001. Isso não a impediu de competir nos Jogos Olímpicos de Pequim na prova de natação de 10Km, uma das mais duras. Entre 24 concorrentes ficou em 16º lugar. Todos os dias alguém me ensina alguma coisa. Obrigada Natalie.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Eles valem ouro!



Parabéns Nélson, Vanessa e Gustavo. Parabéns a todos os atletas que se esforçaram, que trabalharam, que levaram os Jogos Olímpicos a sério, incluíndo a Naide que é grande, muito grande e este azar não a vai deitar abaixo.

I love Clint

Eu sei que ando muito atrasada nos filmes, mas só agora vi The Flags of our Fathers, do maravilhoso Clint Eastwood, um dos meus realizadores preferidos. Palavras para quê? O filme é muito bom e isto diz tudo. Não se esperava outra coisa de Clint Eastwood.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

A vulgaridade do crime

Lembram-se do tempo em que Portugal era um país tranquilo e pacato onde a criminalidade se resumia ao gamanço de carteiras nos transportes públicos? Onde os assaltantes só queriam mesmo era roubar? Pois é, esse tempo acabou. Agora os assaltantes fazem questão de matar também. Hoje, mais um homem foi baleado num assalto a uma ourivesaria. Agora, todos os dias alguém é baleado neste país, seja num assalto, seja numa rixa entre gangs rivais seja no que for. Parece que entrámos para o clube dos países onde a criminalidade violenta é "normal".

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Aconteceu na Argentina

Mais um excerto do livro Aconteceu na Argentina:

"(...) "Carlos", disse ela, "está a acontecer uma coisa na Plaza de Mayo que tu tens que ver."
"E não pode esperar?"
"Não", respondeu ela, "estão lá umas mulheres a fazer uma manifestação."
"E ainda não aconteceu nada?"

Toda a gente sabia que o regime havia proibido ajuntamentos públicos. (...) As novidades de Esme entusiasmaram Carlos, que punha a hipótese de a manifestação significar que os generais haviam mudado de maneira de pensar.

(...) Assim que Esme e Carlos chegaram à praça, este percebeu que os cartazes continham epitáfios e que o denominador comum destas mulheres era serem mães. As fotografias dos desaparecidos estavam no centro de cada cartaz, e debaixo destas liam-se as incrições a letras pretas e gordas:

ONDE ESTÁ RUBÉN MACIAS?

ONDE ESTÁ JULIA OBREGON?

PARA ONDE LEVARAM A MINHA FILHA E O MEU NETO?

Conforme as mulheres passavam, caminhando silenciosamente, ele quase conseguia ouvir a angústia das suas perguntas, mas esse som imaginário era menos perturbador do que os rostos das mães e dos que tinham desaparecido de suas vidas."

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Aconteceu na Argentina

Acabei agora de ler o livro Aconteceu na Argentina, de Lawrence Thornton. Não conhecia o autor, nem o livro. Descobri-o no outro dia na estante da minha irmã e resolvi lê-lo. É um livro interessante, que me fez conhecer um pouco mais de um período negro da história da Argentina, a ditadura que durou de 1976 a 1983.
Carlos, Cecília e Teresa são uma família feliz, até ao dia em que Cecília, jornalista, escreve um artigo que não agrada aos generais:
"(...) Cecília, com os seus artigos, já acenava e chamava a atenção dos generais. O último que ela escrevera tinha como tema a questão de uns alunos de liceu em La Plata terem andado a protestar pedindo transportes públicos a preços mais acessíveis. Os generais interpretaram as suas queixas como "subversão nas escolas" e, uma semana depois, foi encontrado um autocarro abandonado numa estrada secundária do interior. Tudo o que restava, dos quinze alunos que tinham constituído a carga de passageiros, era três livros do currículo obrigatório do liceu e o casaco de malha de uma garota. Cecília perguntava até quão baixo estavam os generais dispostos a chegar e pedia a libertação imediata das crianças.(...) Na tarde em que o artigo foi publicado, Cecília desapareceu.
Gosto de pensar que, quando tudo aconteceu as palavras dela ainda pesavam no ar; que, enquanto os polícias se aproximavam da Calle Cordova, aquelas palavras ainda soavam na cabeça de milhares de argentinos; e que aqueles que emitiram a ordem de rapto se sentiram frustrados por se saberem incapazes de raptar também as palavras de Cecília, de destruir o que ela tinha escrito e publicado."
To be continued...

Munique


Só agora tive oportunidade de ver o filme Munique, de Steven Spielberg, (graças à amigona Lena) e não resisto a falar um pouquinho nele. Vou tentar não entrar em política, porque para mim o conflito israelo-palestiniano é tão complexo, que não me permito tomar partidos aqui no blog. E creio que o filme também não o faz. Conta a história dum grupo de israelitas que tem como missão assassinar 11 árabes envolvidos na planificação do ataque que vitimou 11 atletas israelitas nas Olimpíadas de Munique. O filme mostra de forma pungente o drama de um homem "normal" que de repente tem a missão de vingar o seu país, matando. E ele pergunta no fim do filme: "isto fez de mim um assassino?" É uma questão muito interessante que fica sem resposta. Imaginamos que aquele homem nunca mais vai conseguir deitar a cabeça na almofada e dormir descansado. Vai ser aterrozidado pelo drama dos que ele foi chamado a vingar e dos que foi chamado a matar. O ódio, o terror, a cegueira ideológica, parecem não ter fim. Nem no filme, nem infelizmente na vida real.

sábado, 16 de agosto de 2008

Monte Estoril

Mais um dia de praia. Huuum. Tão bom!

Cascais




quarta-feira, 13 de agosto de 2008

All of these lines across my face

Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am

But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
(...)

The Story, Brandi Carlile

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Jogos Olímpicos

Desde miúda que adoro ver os Jogos Olímpicos, apesar de eu própria não ter tido nunca nenhuma apetência para as actividades desportivas. Na escola as aulas de educação física eram um pesadelo: nos jogos morria de medo das bolas, na ginástica não conseguia fazer nada, enfim, uma desgraça. As únicas coisas que gostava de jogar era Badminton e Andebol.
Talvez por isso admire tanto os atletas olímpicos. A sua perícia, a sua coragem, o seu esforço e perseverança fazem-me admirar mais um pouco a raça humana.
Este ano os Jogos Olímpicos realizam-se na China e sem dúvida que a China merece uns quantos puxões de orelhas da Comunidade Internacional pelo seu comportamento em áreas como os direitos humanos e a situação do Tibete. Os países que governam o mundo já há muito tempo que deveriam ter agido contra a China, mas todos se encolhem perante o seu crescente poderio económico. Para mim, as Olimpíadas são um acontecimento mágico onde o Homem testa os seus limites e este ano aconteceu ser na China, um país onde muitas pessoas também são levadas aos seus limites mas da forma mais negativa (refiro-me ao trabalho infantil e às condições de trabalho em geral). Mas os Jogos Olímpicos não podem ser confundidos com os países onde decorrem, que são apenas meros cenários para um acontecimento tão magnífico. Quanto a mim neste momento só tenho pena de estar a trabalhar e não poder estar em frente à televisão a ver as minhas modalidades preferidas como os saltos para piscina e a ginástica.

domingo, 10 de agosto de 2008

Bacalhau à Hortense

No post sobre a festa de anos da minha irmã, esqueci-me de dar a receita daquele bacalhau delicioso. Como não nos decidimos em relação ao nome da receita, ficou Bacalhau à Hortense.

Ingredientes:

6 postas de bacalhau
4 cebolas
4 dentes de alho
1 folha de louro
1 colher (de chá) de manjericão seco
1 colher (de chá) de orégãos
1 copo de cerveja
1 copo de vinho branco
2,5 dl azeite


Preparação:

Envolve-se o bacalhau em farinha e frita-se. Reserva-se. Entretanto, num tacho, coloca-se o azeite, as cebolas cortadas em meia-lua, os dentes de alho picados, a folha de louro, o manjericão e os orégãos. Quando começar a alourar, acrescenta-se a cerveja e o vinho branco. Deixa-se apurar.

Num tabuleiro de ir ao forno coloca-se uma camada deste preparado, depois as postas de bacalhau e por cima outra camada do molho.

Vai ao forno durante 25/30 minutos. Acompanha com puré de batata.

sábado, 9 de agosto de 2008

Flower Power


Mais uma flor da minha varanda.

A festinha

Como a mana não gosta de grandes festas no seu aniversário (vá-se lá saber porquê!), fizemos só um jantarzinho em família. Eu estive a trabalhar durante o dia por isso não deu para preparar nenhum doce especial como eu gostaria, mas a mamã Hortense passou o dia todo na cozinha para que o aniversário da sua primogénita fosse um sucesso. E estava tudo optimo. Para começar os camarões que o Beto preparou e o vinho verde, huuum... Depois um bacalhau delicioso. O problema é que ninguém se consegue entender sobre qual o nome da receita: Bacalhau à Lagareiro ou Bacalhau à Sargento. Eu não sei, só sei que estava delicioso e é melhor defino-lo como bacalhau à Hortense.
Para além do bolo de anos, havia salada de frutas e arroz doce. Estava tudo uma delícia.
Repararam no pormenor da idade? Uma brincadeirinha da mana mais nova que também já passou os 24 há muito tempo. E assim comemorámos mais um aniversário da anti-festas de aniversário, mas muito querida, Cláudia.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Parabéns Maninha

Eu sei que tu não gostas muito de celebrar o teu aniversário, mas mesmo assim, não podia deixar passar esta data em branco aqui no bloguito. Muitos parabéns, que tenhas um dia muito feliz neste dia em que se alinham os três oitos e que os chineses acreditam trazer prosperidade e sorte. É também o que eu desejo para ti. E claro, muitos anos de vida.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

As Igrejas do Chiado

Quando viajamos para o estrangeiro queremos visitar todos os monumentos e museus. Não queremos perder nada e valorizamos o património maravilhoso que outros países têm para nos oferecer. Entramos em todas as igrejas (mesmo que às vezes seja preciso pagar bem caro para isso) e ficamos maravilhados com a arquitectura religiosa de outras épocas. Tudo isto é muito natural, o que é estranho é que por vezes não conhecemos o nosso próprio património. Tenho que confessar que apesar de ter nascido e viver há 33 anos em Lisboa, não conhecia três das grandes igrejas da zona do Chiado. Um destes dias de férias, tendo cancelado um programa de praia à última hora, levantei-me com vontade de passear na minha cidade e ver coisas que nunca vi. Comecei pela Igreja de S. Roque, um expoente máximo do Barroco Português, que muitos já me tinham dito ser uma visita imperdível. As fotografias não deixam ver a riqueza de detalhes típica do Barroco, mas já dá para ter uma ideia.


Descendo para o Chiado temos duas magníficas igrejas onde também nunca tinha entrado, apesar de ter passado ali mais de mil vezes em toda a minha vida. Primeiro a Igreja dos Italianos de Nossa Senhora do Loreto, da qual só tirei uma foto do exterior porque o interior estava fracamente iluminado.
Logo em frente, a Igreja da Encarnação, linda por dentro e por fora como podem ver pelas fotos seguintes.


Por fim a Basílica dos Mártires, onde já tinha entrado muitas vezes, mas entrei mais uma vez para meditar na paz deste magnífico templo.

Como vêem as fotos são de fraca qualidade pois foram tiradas com o telemóvel. Não consegui captar nenhuma fachada por inteiro, mas mesmo assim resolvi fazer o post, porque adorei este meu périplo por algumas das muitas igrejas da minha cidade.