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Só agora tive oportunidade de ver o filme Munique, de Steven Spielberg, (graças à amigona Lena) e não resisto a falar um pouquinho nele. Vou tentar não entrar em política, porque para mim o conflito israelo-palestiniano é tão complexo, que não me permito tomar partidos aqui no blog. E creio que o filme também não o faz. Conta a história dum grupo de israelitas que tem como missão assassinar 11 árabes envolvidos na planificação do ataque que vitimou 11 atletas israelitas nas Olimpíadas de Munique. O filme mostra de forma pungente o drama de um homem "normal" que de repente tem a missão de vingar o seu país, matando. E ele pergunta no fim do filme: "isto fez de mim um assassino?" É uma questão muito interessante que fica sem resposta. Imaginamos que aquele homem nunca mais vai conseguir deitar a cabeça na almofada e dormir descansado. Vai ser aterrozidado pelo drama dos que ele foi chamado a vingar e dos que foi chamado a matar. O ódio, o terror, a cegueira ideológica, parecem não ter fim. Nem no filme, nem infelizmente na vida real.
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