sexta-feira, 31 de outubro de 2008
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Paris, je t'aime
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
A fútil e a rata de biblioteca
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Bones
Um gato pouco fedorento
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Le Clézio e Frida
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Vive la Fête du Cinéma Français
domingo, 12 de outubro de 2008
Cisnes Selvagens
Deixo-vos aqui um pouquinho da vida de cada uma delas.
"Com quinze anos de idade, a minha avó tornou-se concubina de um caudilho militar, o general chefe da polícia de um vago governo nacional chinês. Corria o ano de 1924 e a China estava mergulhada no caos. (...) A ligação tinha sido combinada pelo pai, um obscuro funcionário da polícia na cidade provincial de Yixian. (...) O meu bisavô não era suficientemente rico para comprar uma posição lucrativa numa grande cidade, mas tinha planos. E tinha um bem valioso: uma filha. A minha avó era uma beldade. Tinha um rosto de forma oval, com faces rosadas e pele sedosa. O seu grande valor residia, porém, nos pés enfaixados, chamados em chinês "lírios dourados com oito centímetros". (...) Tinha a minha avó dois anos quando lhe enfaixaram os pés. (...)O processo demorava anos. Mesmo depois de os ossos terem sido partidos, os pés tinham de continuar enfaixados, dia e noite, em tiras de pano, pois no momento em que fossem libertados, tentariam recuperar. Durante anos, a minha avó viveu cheia de dores terríveis e constantes. Quando suplicava à mãe que lhe tirasse as faixas, ela chorava e dizia-lhe que isso arruinaria toda a sua vida futura, e que fazia aquilo para felicidade dela. Naqueles tempos, quando uma mulher casava, a primeira coisa que a família do noivo fazia era examinar-lhe os pés. Uns pés grandes, ou seja, uns pés normais, traziam vergonha para a casa do marido. (...)"
"Esperava-se que um homem como o general Xue tivesse concubinas. As esposas não serviam para dar prazer; esse era o papel das concubinas. Embora estas pudessem por vezes adquirir um poder muito considerável, o seu estatuto era muito diferente do da esposa. A concubina era uma espécie de amante institucionalizada, que se tomava e punha de lado a bel-prazer.
A primeira vez que a minha avó soube da sua iminente mudança de situação foi quando a mãe lhe comunicou a notícia, poucos dias antes do acontecimento. Yu-fang inclinou a cabeça e chorou. Detestava a ideia de ser concubina, mas o pai tinha tomado uma decisão, e era impossível opor-se aos seus desejos. Discutir uma decisão paterna era considerado "impróprio de um filho", e fazer qualquer coisa imprópria de um filho equivalia praticamente a traição."
De-hong, a mãe:
"Havia já algum tempo que a minha mãe andava a voltar-se cada vez mais contra o Kuomintag. A única alternativa que conhecia era os comunistas, e sentira-se especialmente atraída pelas suas promessas de pôr fim às injustiças a que as mulheres estavam sujeitas. Até à altura, com quinze anos de idade, não sentira ainda a necessidade de empenhar-se definitivamente. A notícia da morte do primo Hu ajudou-a a decidir-se. Ia juntar-se aos comunistas."
"Dois meses depois de terem casado - e menos de um ano após a Libertação - os meus pais eram expulsos da terra natal da minha mãe pelos mexericos e a inveja. A alegria que a minha mãe sentira com a libertação transformara-se numa melancolia ansiosa. Sob o Kuomintag, fora-lhe possível descarregar na acção as suas tensões - e fora fácil sentir que estava a fazer o que devia, o que lhe dera coragem. Agora, pelo contrário, sentia-se permanentemente errada. Quando tentava conversar com o meu pai a respeito destas coisas, ele respondia-lhe que tornar-se comunista era um processo difícil e doloroso. Era assim que tinha de ser."
Jung, a filha:
"O «Presidente Mao», como lhe chamávamos sempre, afectou pela primeira vez a minha vida, de forma directa, em 1964, quando eu tinha doze anos. Tendo-se mantido afastado durante algum tempo depois da grande fome, estava a iniciar o seu regresso à ribalta e, em Março do ano anterior, lançara um apelo aos jovens para que «aprendêssemos com Lei-Feng».
Lei Feng era um soldado que, segundo nos disseram, tinha morrido com 21 anos, em 1962. Fizera uma grande quantidade de boas acções, não olhando a esforços para ajudar os mais velhos, os doentes e os necessitados. Doara as suas poupanças para os fundos de auxílio aos sinistrados e dera as suas rações de alimentos a camaradas que estavam no hospital. Não tardou que Lei Feng começasse a dominar a minha vida. Todas as tardes, saíamos da escola para «fazer boas acções, como Lei Feng». (...) Gradualmente ao longo daquele ano de 1964, a ênfase foi-se transferindo das boas acções para o culto de Mao. A essência de Lei Feng, diziam-nos os professores, era «o seu amor e a sua devoção sem limites pelo Presidente Mao». Antes de fazer fosse o que fosse, Lei Feng pensava sempre em algumas palavras do Grande Líder. (...) E nós jurávamos seguir as pisadas de Lei Feng, e estar dispostos a «escalar montanhas de facas e mergulhar em mares de chamas», a «deixar que nos transformem o corpo em pó e os ossos em lascas», a «submetermo-nos incondicionalmente ao controlo do Grande Líder». O culto de Mao e o culto de Lei Feng eram as duas faces de uma mesma moeda: um era o culto da personalidade, o outro, seu corolário inevitável, o culto da impersonalidade."
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
La reine
Desafio
Inteligente (não sou é muito esperta, devia ser mais!)
Sincera
Ansiosa (sou o stress e a ansiedade em pessoa, mas já fui mais)
Bem-disposta (o sentido de humor é o que me salva)
Estudiosa (curiosa e sedenta de saber seria mais indicado!)
Leal
Não sei se repararam que só uma característica é que é negativa? Aproveitamos sempre para fazer um bocadinho de auto-elogio, não é?
Quem não concordar pode sempre reclamar!!!