quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Ano Novo

O Diário de Bridget Jones
Hoje veio-me à cabeça a desgraçadinha da Bridget Jones a fazer resoluções de Ano Novo que, obviamente, nunca irá cumprir:

  • Este ano vou emagrecer 7 Kg
  • Este ano vou deixar de fumar
  • Este ano... etc, etc

Pobre Bridget Jones, é tão patética. É óbvio que não é a mudança de ano que nos vai dar mais força para mudar a nossa vida, ou o que quer que seja. Se nós não mudarmos, não é um novo ano que vai mudar por nós.

Resoluções de ano novo não faço, nem nunca fiz. Mas encaro sempre a passagem de ano com muita esperança. E neste dia 31 não consigo deixar de sentir muita esperança no ano que aí vem. 2008 não foi um ano mau. As coisas estão a entrar nos eixos. E tenho esperança que em 2009 a vida vai melhorar. É o que eu desejo para mim, para a minha família, para os meus amigos e para todas as pessoas com as quais entrei em contacto este ano através deste blog. Para todos um excelente 2009.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Finalmente

Finalmente tenho as minhas colunas de volta. Depois de 10 anos, Lisboa tem novamente o Cais das Colunas no sítio. Já se criavam teorias da conspiração sobre o paradeiro das colunas e outras ideias mirabolantes, mas elas aí estão. Na adolescência adorava ficar sentada no Cais das Colunas a ver o entardecer. No dia 20 de Dezembro, felizmente um sábado de sol, pude finalmente passear por lá outra vez.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Natal

Senti vontade de fazer um post sobre o Natal, de falar sobre as tradições associadas a esta época, daquilo que me faz vibrar com o Natal. Sempre gostei do Natal, desde criança, não só por causa das prendas, mas também por todo o ritual de fazer a árvore de Natal e o presépio, o que sempre foi um grande acontecimento em minha casa. Sempre gostei também do ritual de ir ver as iluminações de Natal à Baixa, de combater o frio desses passeios com umas castanhas assadas compradas aos vendedores de rua.
Azevinho

Hoje, que já penso um bocadinho mais sobre a origem das coisas, gosto do Natal porque é a comemoração do nascimento de Jesus e gosto do Natal porque incorpora até hoje tradições pré-cristãs da celebração do solstício de Inverno.
Em Portugal, em muitas aldeias, na noite de 24 de Dezembro juntam-se as duas tradições: acende-se uma grande fogueira comunitária e vai-se à Missa do Galo. A fogueira é uma reminiscência das antigas celebrações do solstício de Inverno, onde se celebrava a luz na mais longa noite do ano, pois a partir dessa noite os dias começam a ser maiores e ressurge a luz. A tradicional Missa do Galo é a celebração católica do nascimento de Jesus.
Sabe-se hoje que a comemoração do nascimento de Jesus a 25 de Dezembro é simbólica porque aparentemente, não foi essa a época do ano em que Jesus nasceu. O que é certo é que foi esta a época escolhida nos primeiros séculos da nossa era, talvez por ser uma época de celebrações do solstício de Inverno, tanto nos povos não colonizados pelos romanos como no próprio Império Romano. Na Roma antiga, a 25 de Dezembro realizava-se o festival em honra do Deus Saturno, que se chamava precisamente Sol Invictus, por ser na altura do ano em que os dias começam a ser maiores. Todos estes elementos se conjugam no que é hoje o Natal e esta mistura de culturas dos quais somos fruto só nos enriquece.
O Natal actual tem assim elementos de várias tradições, da cristã, da cultura europeia pré-cristã e até da antiguidade Greco-Romana. Por exemplo hoje usa-se o azevinho aqui na Europa como elemento de decoração natalícia e descobri agora que o azevinho já era usado nessa antiga celebração romana do Deus Saturno.
Nos Estados Unidos usa-se o famoso mistletoe (visco, em português) que se põe à entrada das casas e que já se utilizava nas antigas celebrações celtas como elemento que traz a felicidade e o amor. Daí o tradicional kiss under the mistletoe que tanto vemos nos filmes americanos.

Mistletoe -Visco

As iluminações de Natal estão também relacionadas com essa ancestral necessidade de luz que os povos do norte têm nesta fase do ano, em que os dias são bastante mais curtos. Será também uma espécie de boas vindas ao sol que volta a vencer e a iluminar cada vez mais os nossos dias a partir desta data? Em todos os países da Europa as cidades esmeram-se nas iluminações de Natal nesta época. Na Áustria as velas brilham nas janelas das casas. As noites de inverno tornam-se assim mais luminosas e quentes.


Neste Natal apeteceu-me também falar sobre gastronomia. Apesar de não ter um blog de culinária, sigo muitos blogs dedicados a esse tema porque é um tema que me fascina, principalmente as receitas de doces. Adoro pastelaria e resolvi falar também das tradições da pastelaria de alguns países nesta época natalícia. É curioso como em vários países da Europa existe um bolo típico de Natal com frutos secos e frutos cristalizados. Na Alemanha, por exemplo, o bolo tradicional de Natal é o Christstollen, relativamente parecido com o nosso Bolo Rei, mas apenas nos ingredientes. Existem várias diferenças de país para país, tanto no processo de concepção como no aspecto final do bolo, mas os ingredientes são muito similares. A massa quase sempre é recheada com amêndoas, nozes, pinhões, uvas passas e vários frutos cristalizados.

Christstollen

Na Itália não pode faltar o Panettone, uma espécie de pão doce também recheado com passas e frutas cristalizadas.
Panettone
Outra tradição europeia de Natal são os biscoitos. Todos os países têm alguma tradição mas os biscoitos de Natal da Áustria são os mais famosos e aqueles que mais seguidores têm.

Weihnachtsbaeckerei - Biscoitos Austríacos

Adorei saber, através do blog da Cláudia, que na Noruega existe a tradição de fazer 7 variedades de biscoitos nos sete dias antes do Natal. Que empreitada!
Nos Estados Unidos cozinham-se os famosos Gingerbread Man e as Candy Canes, as tradicionais bengalinhas brancas e vermelhas.

Gingerbread Man

Em Portugal, na mesa de Natal não pode faltar o Bolo Rei, as Broas Castelares ou de Espécie, os frutos secos e os fritos tradicionais da época, as Filhoses e os Sonhos. Também pode vir um Tronco de Natal e uma Lampreia de Ovos que ninguém se importa!

Bolo Rei

Feliz Natal a todos e boas comilanças.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Ressuscitei

Parece que há uma vida para viver, não é? Vamos a isso.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Nada

Um nevoeiro cerrado abateu-se sobre Alvalade. Pela grande janela ao meu lado só vejo brumas. O rádio insiste em passar músicas tristes, ridiculamente tristes. E eu não o posso desligar. Vou deixando-me envolver por um torpor que me tira as forças. À minha frente tenho contas para fazer, mas a minha cabeça não se consegue fixar nelas. Hoje sinto nada. Nada.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

007

Ontem fui ao cinema com umas amigas e como era o único filme que nenhuma de nós tinha visto fomos ver o Quantum of Solace. Eu confesso que apesar de não ser fã de filmes com muita acção, tiroteios, explosões e afins, sempre tive um certo fascínio pelos filmes do 007. Gosto deste espião, principalmente agora, depois das recentes transformações, um espião mais humanizado, um homem que também sofre. Como não podia deixar de ser, entre as três meninas surge a discussão: qual o melhor Bond de sempre, foi Daniel Craig uma boa escolha, etc. Resultado: duas contra uma. A maioria decretou que o melhor de sempre foi Sean Connery e Daniel Craig a melhor escolha possível. A minoria, completamente vaiada e assobiada pela maioria, defendia o fracote Pearce Brosnan.
Bem, gostei do filme porque, o genérico é excelente, a história é bastante interessante, o Daniel Craig é sexy e maravilhoso, as cenas de acção são realmente espantosas, o filme tem sentido de humor e felizmente James Bond, já não diz com ar pedante: "Bond, James Bond", nem pede um martini "shaken, not stirred". Evoluiu, e bem.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Em época de Natal

Lizete Baessa
Resolvi fazer uma pequena homenagem a uma senhora que faz o bem durante o ano inteiro, pondo em prática aquele velho ditado: "O Natal é quando um homem quiser". Uma homenagem a uma grande mulher que faz com que seja Natal todo o ano para as crianças que acolhe na sua pequena casa no bairro de Chelas, em Lisboa.
Bairro de Chelas
Os lisboetas conhecem Chelas, mas para quem não sabe, basta dizer que é um bairro com alguns problemas sociais. Um bairro social criado para realojar os habitantes do antigo bairro do Relógio. Como muitos bairros sociais é um bairro isolado do resto da cidade, fazendo lembrar um verdadeiro guetto. Este isolamento não ajuda à inserção na sociedade, no mercado de trabalho, etc., e formam-se assim famílias problemáticas, perdidas num ciclo vicioso de desemprego e violência, cujas crianças crescem ao abandono pelas ruas, sem o acompanhamento que todas as crianças devem ter. Para não me baterem, vou esclarecer que estou a fazer uma generalização, é claro que existem famílias funcionais e bons trabalhadores em Chelas, como em qualquer bairro deste mundo.

Lizete Baessa, a senhora em questão, via muito bem os problemas à sua volta: " Via-os por aí na rua, fazia-me confusão estarem ali todo o dia. A escola é de vez em quando. É o estragar, o partir, o tratar mal." E resolveu fazer alguma coisa. Começou a acolher crianças (o nº varia entre 10 a 20 meninos) durante o dia ou depois da escola, começou a dar educação, a impôr regras, a encaminhar, a dar amor e eles receberam tudo de braços abertos. "Aqui encontram calor, amor." A tia preta, como é chamada carinhosamente por todos, mostra-lhes que existe um mundo fora do bairro e também que é possível ser diferente. Hugo, de 17 anos, um dos rapazes que frequenta a casa de Lizete há mais tempo, diz: "A tia preta é como uma mãe para mim. Não imagino a minha vida sem ela. Antes, eu era um miúdo que só fazia disparates. Cheguei até a roubar. Não ligava à escola, só queria estragar coisas, falar mal, discutir. Agora sou outra pessoa."
E Lizete diz: "É tão bom vê-los mudar."
Nota: As informações contidas neste post e a foto de Lizete Baessa foram retiradas duma reportagem do Diário de Notícias de sábado, dia13 de Dezembro. A reportagem era de autoria de Fernanda Câncio e a fotografia da autoria de Orlando Almeida.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Amizade impossível?

Nunca, em toda a minha vida (que já vai longa) consegui ser amiga de um homem. Estou a falar de amizade a sério. É claro que me dou bem com muitos homens, colegas de faculdade, colegas de trabalho, maridos/namorados de amigas, etc, mas amigo, mesmo a sério daqueles de poder telefonar a qualquer hora, de poder contar quase tudo (porque nunca se conta tudo a ninguém não é?), de poder contar com a pessoa para tudo, nunca tive nenhum. E sinceramente não conheço muitas mulheres que tenham um grande amigo. Acho mesmo que os homens não querem ter amigas. Como diz o personagem Harry do filme When Harry met Sally :

Harry - "Men and woman can't be friends."

Sally - "Why not"?

Harry - "Because of the sex. A man cannot be friends with a woman he finds atractive."

Sally - "So you are saying that a man can only be friends with a woman he doesn't find atractive?"

Harry - "No, he pretty much wants to nail her too!"


Será que eu tive que chegar aos 34 para perceber aquilo que as mulheres mais velhas sempre me disseram: que os homens são todos iguais?!!!!!
Pois, meus caros, fiquem a saber que perdem uma grande amiga.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Mãe

1961
1963
A minha mãe completou ontem 70 anos de vida. De uma vida cheia. De uma vida grande. Sempre a cuidar de tudo e de todos para que não faltasse nada a ninguém, para que tudo estivesse no seu lugar. Às vezes esqueceu-se dela, tão ocupada que andava a tratar dos outros.
Não sabia como homenageá-la, então lembrei-me de aliar o meu gosto por fotografias antigas com esta data tão bonita. E digam lá que ela não era muito charmosa? Era, e é.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Acabadinho de chegar de Leiria

Hoje quando cheguei a casa tinha uma surpresa maravilhosa na caixa do correio. Um embrulhinho lindo vindo de Leiria, directamente das mãos da querida Cenourita.
Eu nem queria acreditar que a fofa Cenourita me tinha enviado um presentinho a mim também! És tão querida Cenourita! Como podem ver, a minha gata também ficou muito curiosa: Mas que coisas lindas serão estas?! - pensava ela. Era esta linda écharpe! Aqui já no meu pescocinho!
Não é linda? A blogosfera é mesmo uma coisa extraordinária. É tão bom "conhecer" pessoas virtualmente e sentir que a amizade nasce mesmo à distância.
Obrigada Cenourita, mil vezes obrigada.

Regresso ao Passado


As capas da revista LIFE nos anos 40 e 50 são históricas. E há para todos os gostos, glamourosas, desportivas, divertidas e até fofinhas cutchi cutchi. Estas, como podem ver, pertencem à última categoria. So cute! Mas não deixam nunca de ser grandes fotografias.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Hawai - Anos 40




Descobri nos arquivos fotográficos da revista LIFE, fotos maravilhosas do Hawai, tiradas nos anos 40. Repararam nas verdadeiras havaianas?

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Reviver o Passado em Brideshead

Apesar de ser fã da série e de saber a história de trás para a frente, não resisti a ir ao cinema ver a versão cinematográfica de Brideshead Revisited, a adaptação do célebre romance de Evelyn Waugh. Sou completamente viciada nestas atmosferas britânicas e adorei perder-me nestes retratos da aristocracia decadente, na maravilhosa arquitectura de Oxford e de Castle Howard, a casa que serve de cenário à imaginária Brideshead.

Ficam na memória os maravilhosos personagens: a doçura e a fragilidade de Sebastian, o deslumbramento de Charles, a abnegação de Julia e a dureza de Lady Marchmain. Charles Ryder queria tudo, queria o amor de todos, queria a casa, queria a vida, queria tudo da fascinante família Flyte. Mas o povo tem razão quando diz que quem tudo quer tudo perde.
Ah, como a família Flyte me desprezaria por usar um provérbio popular. Não é absolutamente nada aristocrático.

La Môme

Um filme que conta a trágica vida de Edith Piaf, a diva da canção francesa. Uma voz inesquecível, interpretações fantásticas de ficar com pele de galinha, La môme Piaf (a miúda Piaf) era assim. Mas foi também uma criança mal-tratada, abandonada, que cresceu entre um bairro degradado de Paris, um prostíbulo na Normandia e um circo onde correu o país com o seu pai contorcionista. Tornou-se alcoólica, perdeu uma filha, o homem que amava morreu num acidente de avião, sofreu de reumatismo precoce, viciou-se em morfina para não sentir as dores. E envelheceu cedo de mais. Para sempre ficou a voz.

Na minha opinião o filme é um pouco confuso, tem demasiados saltos aleatórios no tempo, o que pode deixar o público confuso. A mim deixou! Mas mesmo assim vale a pena para quem gosta de filmes biográficos. E dá-nos a oportunidade de ouvir uma vez mais a maravilhosa voz de Piaf.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Outono

Lá fora está frio, vento, chuva, as árvores estão quase todas despidas de folhas. Está tudo muito cinzento.

Sinto tanta falta do Verão nestes dias.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Deu a louca neles

Mas o que é que se passa com os homens casados? Andam todos doidos. Ele é casados de fresco, ele é casados há 3 anos, eles é casados há muuuuitos anos. Todos, sem excepção, estão loucos. Mas será que hoje em dia já ninguém respeita os votos que faz. Mas será que alguém os obrigou a casar? É que eles já não têm mesmo vergonhinha nenhuma. Eu não sou puritana, muito pelo contrário, acho que cada um faz o que quer da sua vida e quem sou eu para criticar. Mas comigo não, está bem? Será que eu tenho escrito na testa "desesperada por fisgar um homem casado"? Espero bem que não. É que para mim homem casado é igual a padre, eunuco, mulher, etc, etc! Entenderam?

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Na Praia de Chesil

Há já algum tempo que não colaboro com a nossa Academia dos Livros, porque tenho andado a ler em inglês e não quis fazer citações nessa língua, pois sei que nem todos percebem o inglês literário. Assim, agora que li Ian McEwan em português, não hesitei em sugerir este pequeno grande livro chamado Na Praia de Chesil. É um livro pequenino que se lê facilmente num fim-de-semana ou mesmo num dia. A acção principal passa-se apenas nalgumas horas do dia do casamento de um jovem e inexperiente casal, no início dos anos sessenta. Como todos os livros de Ian McEwan é um livro perturbador que fala de amor, de humilhação, de ridículo, de sofrimento e duma trágica perda de inocência.
Deixo apenas um pequeno excerto para que possam apreciar a escrita deste grande escritor britânico e para que fiquem com mais um bocadinho de vontade de o ler:
"A brisa, que mudara de rumo, fazia entrar pela janela entreaberta uma sedução, um odor salgado de oxigénio e de vastidão que parecia contradizer a toalha de linho engomada, o molho engrossado com farinha de trigo e a prata bem polida que tinham nas mãos. Não estavam com fome, pois o almoço do casamento havia sido lauto e prolongado. Teoricamente, era a eles que cabia decidir se iriam abandonar os pratos, agarrar na garrafa de vinho pelo gargalo, correr para a praia, atirar ao ar os sapatos e exultar com a sua liberdade. Não havia ninguém no hotel disposto a detê-los. Finalmente eram adultos, em férias, livres de fazerem o que quisessem. Dentro de poucos anos esse seria o tipo de coisas que jovens banais fariam. Mas por agora, a época impedia-os. Mesmo quando Edward e Florence estavam sozinhos, mil regras não oficiais continuavam em vigor. Era precisamente por serem adultos que não faziam coisas infantis como deixarem a comida que outros se tinham dado ao trabalho de preparar. Aliás, era hora de jantar. Além disso, ser infantil ainda não era respeitável, nem estava na moda."

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

When Harry met Sally

Ontem revi este maravilhoso filme que não via aí há uns 8 anos. Este filme devia ser estudado na escola, devia ser obrigatório. É que este filme diz tantas verdades sobre homens, mulheres, relacionamentos, amizade, sexo e amor, que é quase um tratado. A sério. Até podia ser tema de tese de doutoramento.

Vi, revi, ri como há muito não ria, pensei onde é que eu já vi isto, e fiquei com vontade de ver outra vez.

PS: Claro que o título em português tinha que conter a palavra amor e tinha que ser estúpido:"Um Amor Inevitável". É que não tem mesmo nada a ver!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Gracias a la vida*

Criação artística de Ana Carolina, minha querida sobrinha
* Título de uma canção de Violeta Parra, que eu pura e simplesmente amo.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

McDoidos

Estes senhores da publicidade andam doidos. É que já nem pensam na saúde duma mulher, que pode muito bem ir parar ao hospital com um susto destes. Ía eu muito bem a andar na estação de metro do Campo Grande quando vejo lá ao fundo o próprio Patrick Dempsey em pessoa, elezinho mesmo, o Dr. McDreamy himself, com a sua fardinha azul e a sua batinha branca do Seatlle Grace Hospital. Ora o que é que uma pessoa pensa:

  • pronto já não vivo para fazer os 34, está-me a dar uma coisinha má;

  • é desta que enlouqueci;

  • ai, que eu estou cada vez mais pitosga

Mas não, não era nenhuma destas hipóteses. Foram mesmo os senhores da Fox Life que enlouqueceram de vez e puseram bonecos em tamanho natural do Dr. McDreamy nas estações de metro, para anunciar a 5ª temporada da Anatomia de Grey. Acho que desta vez exageraram um bocadinho, não é por nada...

terça-feira, 18 de novembro de 2008

A Residência Espanhola

Ontem estava tão desanimadinha, tão deprimidinha que resolvi ir até ao blockbuster buscar qualquer coisita que me animasse. Trouxe A Residência Espanhola de Cédric Klapisch que nunca tinha visto e diverti-me imenso com o filme. A história retrata aquele ambiente fantástico dos estudantes que vão para o estrangeiro através do Programa ERASMUS. Tive tantas saudades dos meus colegas de faculdade, daqueles sortudos que foram para Inglaterra, Alemanha e Polónia. Adorava conversar com eles quando voltavam, cheios de histórias para contar, sobre o país, sobre os outros colegas de vários países da Europa. E todos me diziam que por mais que vivessem nunca esqueceriam aquele ano passado a estudar fora.
Eu, como tirei o curso já tarde (entrei para a faculdade com 28 anos) e já trabalhava há muitos anos, não podia simplesmente largar tudo e partir à aventura. Mas bem que me apeteceu.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Help!

Alguém me sabe explicar como se faz para não permitir comentários só a um post. Eu sei que se pode fazer porque outros blogueiros às vezes não permitem comentários a um determinado post. Alguma alma caridosa mais entendida nas artes da informática e dos bloguitos me pode ajudar??? Pleeeeease.

domingo, 16 de novembro de 2008

Cristina

A doença, a inesperada doença que surgiu como um terrível soco no estômago. A velocidade com que esta atropelou tudo e todos. A espera, a terrível espera pela notícia que já se sabe que se vai receber, mas que no fundo não se quer receber nunca. O medo de que o telefone possa tocar. O medo de chegar ao hospital e ele já não estar vivo. Tudo isto eu compreendo. Tudo isto eu sofro quase como se eu fosse tu. Da minha boca só ouves palavras de encorajamento porque as outras não digo na esperança de que um abraço apertado to diga. Tudo isto tu sabes porque uma amizade de trinta anos já não precisa de palavras. Basta um olhar, basta uma mão na mão, basta um abraço. Estou aqui e tu sabes.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Em defesa dos louros

Robert Redford
Brad Pitt
Daniel Craig

Praticamente todas as mulheres que eu conheço não gostam de homens louros. E eu pergunto porquê, minhas senhoras, porquê?

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Thirty Something

Quando ainda era uma miúda, vibrava com uma série que se chamava em português Os Trintões. Lembram-se? Era muito gira. Contava as aventuras e desventuras de um grupo de amigos de trinta e tal anos. Estava eu tão longe dos trinta. E isto vem a propósito de quê? É que hoje deu-me para reflectir sobre a idade.
Quando fiz trinta algumas pessoas um bocadinho mais novas perguntaram-me como é que tinha sido, como é que era ter trinta anos. Eu respondi que era exactamente igual a ter 29. Isto porque na altura não senti nenhuma mudança especial. É obvio que não é uma passagem definida para outra fase da vida. Não se apagam as velinhas e automaticamente somos outra pessoa. Isso não acontece assim. Mas agora, quase a fazer 34, já me sinto uma pessoa diferente, ou seja, sinto que os trintas já me trouxeram algumas coisas. Boas na sua maioria. Por exemplo:

  • já não me preocupo minimamente com o que os outros pensam de mim;

  • ganhei paz de espírito e uma tranquilidade interior que não tinha antes (será isto a maturidade?);

  • percebi que as oportunidades tem que ser aproveitadas, porque podem nunca mais aparecer;

E podia ficar aqui o dia todo, mas acho que já dá para ter uma ideia. Quase a fazer 34 estou tranquila. Não estou (por enquanto) horrorizada com o passar dos anos, sinto-me bem na minha pele, melhor do que quando tinha 24. Tirando o joelhito que de vez em quando começa a adivinhar chuva, sinto-me bem na pele de trintona! Uma amiga minha de 23 aninhos diz-me, "Ó querida, os trinta são os novos vintes!". E eu rio-me. Eu não quero ter vintes outra vez. Eu estou bem assim, nos thirty something.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Estou apaixonada...

pela escrita de Ian McEwan:

"Perowne sometimes wonders if, in his youth, he could ever have guessed that he would one day father a blues musician. (...) How have he and Rosalind, such dutiful, conventional types, given rise to such a free spirit?

(...)He likes the blues well enough - in fact, he was the one who showed the nine-year-old Theo how it worked. (...) But is there a lifetime's satisfaction in twelve bars of three obvious chords? Perhaps it's one of those cases of a microcosm giving you the whole world. Like a Spode dinner plate. Or a single cell. Or, as Daisy says, like a Jane Austen novel. (...) To see the world in a grain of sand."

Saturday, Ian McEwan


"Finally she rolls over to face him. This side of the human form exhales a communicative warmth. As they kiss he imagines the green eyes seeking out his own. The commonplace cycle of falling asleep and waking, in darkness, under private cover, with another creature, a pale soft tender mammal, putting faces together in a ritual of affection, briefly settled in the eternal necessities of warmth, comfort, safety, crossing limbs to draw nearer - a simple daily consolation, almost too obvious, easy to forget by daylight. Has a poet ever written it up? Not the single occasion, but its repetition through the years. He'll ask his daughter."


Saturday, Ian McEwan

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Rumor has it

Ouvi dizer que vem mesmo aí uma sequela. Será?

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Anatomia de um casamento

Excelente o último episódio de Anatomia de Grey. Cristina e o seu casamento, que estava condenado a não acontecer, foram os grandes protagonistas.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Frutos da Terra



Os meus pais trouxeram estes frutos (e muitos mais) do Alentejo. As castanhas são de um castanheiro plantado pelo meu pai, e que é único naquela zona. Todos os que passam no quintal ficam loucos por ver um castanheiro no Alentejo, que é terra de Azinheiras e de Oliveiras. Os outros foram dados pelos vizinhos.
Resultado: Ao jantar um delicioso sumo de romã, depois umas castanhas cozidas e no fim-de-semana, se tiver pachorra, um bolo de nozes!
Eu que sou uma citadina, nascida e criada, adoro estes presentinhos a cheirar a campo.

Adenda aos 10 Mandamentos

11. Não aceitarás que o marido da próxima te cobice.

Nota: Mesmo que a "próxima" seja uma perfeita desconhecida.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

O pecado da gula


No Sábado à noite passou na Fox Life o filme A Festa de Babette, de Gabriel Axel, um filme do qual já tinha ouvido falar muito bem, mas que nunca tinha visto. O filme é realmente muito bonito e interessante. Para quem não conhece, a acção decorre numa pequena aldeia da costa da Dinamarca, numa comunidade muito religiosa e austera na segunda metade do século XIX. No meio desta comunidade surge Babette, uma cozinheira francesa que procura refúgio em casa de duas irmãs, filhas de um pastor protestante já falecido. Babette fica 14 anos a trabalhar para as irmãs, cozinhando todos os dias papas de pão e bacalhau cozido, a única comida permitida pela austeridade da comunidade. Todos os anos um amigo francês de Babette comprava um bilhete de lotaria em seu nome e ao fim de catorze anos ela finalmente ganha 10 mil francos. Babette decide então cozinhar um verdadeiro jantar francês, ao estilo do restaurante de luxo onde um dia fora chef, para a comunidade da pequena aldeia. No dia em que se comemora o décimo aniversário da morte do austero pastor que guiava a comunidade, esta é brindada com um verdadeiro banquete que a princípio eles juram não saborear mas que no fim acaba por transformá-los. Comer bem não é pecado. Os sabores mágicos de Babette serenam a alma, enriquecem o espírito e aumentam o amor dentro da pequena comunidade que se une outra vez como um todo. Um filme tão simples e tão lindinho. Amei.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Hoje começa a segunda série de Lipstick Jungle na RTP2. Cansada depois de uma semana de trabalho stressante e numa noite que se prevê fria, só me apetece ficar em casa a ver uma boa série.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Paris, je t'aime


A primeira vez que fui a Paris tinha apenas 21 aninhos. Eu, a minha irmã e mais duas amigas fomos à aventura pela primeira vez sozinhas para fora do país. Ficámos numa Pousada da Juventude onde dormimos em beliches e tinhamos que nos tapar com as toalhas de banho porque não havia cobertores para todos os hóspedes!!! Mas com 21 anos essas coisas até servem como tema de risota noite adentro e não nos impediram de aproveitar ao máximo a estadia. Foram só 5 diazinhos, mas a paixão pela cidade foi imediata.


Claro que tinha que voltar e já com 28 anos regressei à cidade luz. Desta vez foi em grande, onze dias em casa de pessoas amigas. Vi tudo o que havia para ver, calcorreei a cidade de lés a lés e voltei aos lugares que me tinham fascinado da primeira vez, especialmente o Jardin du Luxembourg que é um jardim fabuloso onde apetece estar tardes inteiras. Também adorei subir às torres da Catedral de Notre Dame, e admirar, juntamente com as gárgulas, a melhor vista de cidade... Paris, je t'aime.